Senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo Lula no Congresso, apresentou nesta terça-feira (17/6) a perspectiva do governo sobre a formação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai apurar descontos indevidos em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A fraude foi exposta recentemente pelo Metrópoles.
O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou o pedido de instalação da CPMI durante a sessão semipresencial realizada em razão do feriado de Corpus Christi na quinta-feira (19/6). Nesta sessão, também foram apreciados vetos presidenciais.
Em conversas com a imprensa, Randolfe Rodrigues deixou claro que o governo Lula está totalmente empenhado na criação da CPMI para investigar as irregularidades. Segundo ele, a fraude só foi descoberta porque o governo anterior havia cancelado registros de empresas fictícias no INSS, e a investigação só avançou graças à atuação da Controladoria Geral da União (CGU) e da Polícia Federal (PF), que têm autonomia no atual governo.
Apoio da base governista à CPMI
Na Câmara dos Deputados, 223 parlamentares aderiram ao pedido para criação da CPMI, sendo que 113 são membros de partidos aliados ao governo Lula. Entre esses, o União Brasil aparece como o partido com maior número de assinaturas, seguido por PP, Republicanos, PSD, MDB e PSB.
No Senado, também houve significativa adesão de parlamentares da base governista, liderada pelo PP, seguido por Republicanos, União Brasil, PSD, PSB e MDB.
Randolfe Rodrigues ressaltou o compromisso do governo Lula com a investigação: “Receberemos com apreço qualquer avanço que a CPMI proporcione. Iremos participar dessa comissão com nosso melhor time, sem reservas, para garantir que a apuração seja feita a fundo, sem poupar ninguém. Faremos o que for necessário para que a verdade venha à tona.”