Sete servidores teriam registrado valores menores que os recebidos. Investigação está em curso há 3 anos; prática teria durado sete anos.
Um parecer do Ministério Público de Contas aponta um desvio de R$ 635,5 mil na bilheteria do Zoológico de Brasília no período de sete anos. Sete servidores teriam participado do esquema, deixando de registrar em documento todo o dinheiro obtido com a venda de ingressos. A fraude teria acontecido entre janeiro de 2005 e junho de 2011, quando a entrada custava R$ 2. O relatório foi elaborado após perícia da Polícia Civil.
O grupo trabalhava na tesouraria, na área de contabilidade e na Diretoria Administrativa e Financeira. O parecer do MP de Contas argumenta que os funcionários atuaram de maneira ilícita ao desviar recursos que deveriam ir ao caixa do GDF. Não há prazo para o Tribunal de Contas julgar a ação. As investigações estão em curso há três anos.
Em valores atualizados, o prejuízo pode passar de R$ 870 mil. Enquanto isso, o zoo opera no vermelho. A arrecadação com ingresso e aluguel de lanchonetes é menor que R$ 1 milhão. Em 2015, foram gastos R$ 17 milhões só com folha de pagamento.
Ingresso mais caro
Uma das soluções para tentar resolver o descompasso foi aumentar o valor do ingresso. Em novembro do ano passado, o preço subiu de R$ 2 para R$ 10. Com a medida, o movimento no local caiu 30% logo no primeiro mês após a mudança.
O zoológico funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 17h. Nas terças e nas quintas-feiras que não sejam feriados, adultos e crianças acima de 12 anos pagam meia. Aquelas com até 5 anos são isentas, assim como deficientes e acompanhantes, em todos os dias.
De sexta-feira a domingo, pagam meia crianças de 6 a 12 anos, estudantes (com carteira estudantil vigente), beneficiários de programas sociais do governo (mediante apresentação de carteira do benefício e documento de identidade oficial) e acompanhantes, professores (com carteira funcional) e idosos (quem tem mais de 60 anos).