A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, declarou na terça-feira, 14, que o ex-presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL), a procurou para dizer que ele faz parte da base governista e quer colaborar com o governo.
Em entrevista à CNN, a ministra negou que, durante o encontro solicitado por Lira, ele tenha tentado manter seus indicados em cargos públicos. Atualmente, o governo está desligando indicados de deputados que votaram contra a Medida Provisória que propunha mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Segundo informações do Estadão, Gleisi assegurou que o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, continuará no cargo. Ele foi indicado em 2023, no período em que Lira era presidente da Câmara.
Gleisi explicou: “Lira não veio negociar comigo em nome de partidos ou grupos políticos. Ele apenas falou da sua posição no governo, reafirmou que é da base e que quer ajudar, mas não para fazer negociações”.
À publicação Estadão, a ministra comentou que a demissão dos indicados por deputados contrários à Medida Provisória está sendo realizada para reorganizar a base governista.
“Quem votou contra optou por sair do governo. Queremos saber quem está conosco de verdade, independente do partido. O corte não é contra nenhum partido específico”, declarou Gleisi. Essa ação ocorre por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e visa fortalecer sua base para as eleições de 2026.
Até o momento, cargos foram perdidos por indicados do PP, União Brasil, PSD, MDB e PL, em posições importantes em bancos e empresas públicas como a Caixa Econômica Federal, Correios e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Também houve demissões em superintendências regionais no Ministério da Agricultura, na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).