Pacote pode ser salvação para países pobres que tiveram suas economias devastadas pela covid-19
Uma reunião do G7, as sete nações mais ricas do mundo, pode decidir se países emergentes podem respirar mais aliviados. Ministros de Finanças do grupo se reúnem nesta sexta-feira, 19, para decidir, de forma definitiva, sobre um pacote de auxílio para países mais pobres.
De acordo com a agência japonesa Kyodo, o G7 deve anunciar um plano para injetar 650 bilhões de dólares em um fundo especial do Fundo Monetário Internacional (FMI), provisionado para ajudar nações emergentes a lidar com a pandemia de covid-19.
É esperado que os líderes assinem o acordo hoje e possam receber algum tipo de resgate diante da crise sanitária internacional.
O valor é alto, mas é uma sombra do que os americanos investiram na própria economia em pacotes de salvação econômica. No início do mês, o governo do democrata Joe Biden aprovou um estímulo de 1,9 trilhão de dólares — em auxílio a estados e municípios com pendências orçamentárias e a criação de um pagamento emergencial para os americanos.
O montante aprovado é um dos maiores pacotes econômicos da história dos EUA. Em 2020, ainda sob o governo de Donald Trump, os Estados Unidos já haviam passado um pacote de 1,7 trilhão de dólares em março do ano passado, com pagamentos a famílias e estímulos a pequenas empresas. No fim do ano, já em dezembro, o Congresso aprovou ainda outro pacote, de 915 bilhões de dólares.
Da mesma maneira que os trilhões americanos, a ajuda proposta pelo G7 pode ser uma tábua de salvação para nações com economias fragilizadas pela pandemia, que podem usar o estímulo para aquecer suas economias e sanar caixas problemáticos.
Apesar disso, o problema permanece: a pandemia não irá acabar da noite para o dia e medidas de contenção, e a vacinação, em especial, são peças para solucionar os problemas econômicos de longo prazo.