As temperaturas baixas que chegaram ao Distrito Federal em junho de 2025 fizeram os termômetros caírem e impulsionaram as vendas no comércio local. Em 17 de junho, Planaltina registrou a mínima de 7,8°C, a menor do mês, enquanto o Gama teve 8,8°C e o Sudoeste, 10,7°C. Esse frio incomum aqueceu as vendas nas lojas da capital, com uma alta de 12,3% nas vendas em comparação com o mesmo período de 2024, conforme dados do Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista).
Produtos como cobertores de lã, meias, luvas, gorros, coletes e bonés de feltro dominaram as preferências dos consumidores. Conforme o presidente do Sindivarejista, Sebastião Abritta, o setor varejista já se prepara com antecedência para o inverno. “Desde o começo do ano, o comércio organiza os estoques para a temporada fria, pois as temperaturas baixas começam a ser sentidas a partir de maio”, explicou.
Ele ressaltou que o sindicato monitora os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para informar os lojistas sobre as condições climáticas e ajudar no planejamento das mercadorias. “A organização dos estoques é essencial. Quando o frio chega, a demanda aumenta rapidamente e ninguém quer deixar os clientes sem os produtos”, complementou Abritta.
Na 314 Norte, uma loja especializada em roupas de inverno também sentiu o impacto positivo da frente fria. Segundo Andréa Beatriz Dornelles, diretora da loja, as vendas aumentaram, mas o perfil dos consumidores mudou. “O frio gera uma maior procura por itens de vestuário, especialmente para idosos e crianças, devido à maior vulnerabilidade dessas faixas etárias”, explicou.
“Estimamos crescimento de aproximadamente 10% no volume das vendas, embora o faturamento tenha permanecido semelhante ao do ano anterior, pois o valor médio gasto por compra diminuiu. Isso indica que os consumidores estão buscando produtos mais acessíveis. Meias e luvas são os itens de maior procura”, acrescentou Dornelles.