França e Argentina celebraram na última sexta-feira um acordo referente aos minerais essenciais, como o lítio, visando impulsionar financiamentos e investimentos nesse segmento crucial para a transição energética.
A Argentina possui a terceira maior reserva global de lítio, conforme dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos, e foi apontada como o quarto maior produtor mundial em 2023, ficando atrás da Austrália, Chile e China.
Juntamente com Bolívia e Chile, a Argentina integra o chamado ‘triângulo do lítio’, região que pode conter mais da metade das reservas mundiais desse metal, conforme especialistas.
O ‘memorando de entendimento’ foi assinado em Buenos Aires pelo ministro do Comércio Exterior da França, Laurent Saint-Martin, e pelo secretário de Mineração da Argentina, Luis Lucero. Saint-Martin afirmou que a intenção é tornar a mineração uma prioridade estratégica na relação bilateral.
Lucero explicou que o acordo representa uma estratégia e um instrumento que abre caminho para uma cooperação aprofundada, que deve ser seguida por um diálogo bilateral para definir ações concretas.
Além disso, o pacto busca ampliar a parceria mineral política bilateral, considerando os desafios fundamentais dos minerais críticos para soluções energéticas, explicou Saint-Martin. Ele também mencionou o objetivo de acelerar investimentos franceses em projetos nos próximos anos e fortalecer o apoio público no financiamento dessas iniciativas.
Atualmente, a França é o quinto maior investidor estrangeiro na Argentina, com a mineração sendo destaque no aumento desses investimentos.
Saint-Martin ressaltou que a Argentina detém recursos minerais de alta qualidade, quantidade e diversidade, desempenhando papel vital na transição energética global.
Além deste, a Argentina já firmou memorandos de entendimento para cooperação em minerais críticos com os Estados Unidos, em agosto de 2024, e com os Emirados Árabes, em fevereiro deste ano.