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sexta-feira, 28/11/2025




Filhos de Bolsonaro querem perdão total, mas aliados têm dúvidas

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Em Brasília

Caciques do Partido Liberal (PL) começam a focar na votação do projeto sobre dosimetria, apresentado pelo relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP), em vez de priorizar a anistia. Alguns aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) consideram essa a melhor alternativa para o momento.

No entanto, os filhos do ex-mandatário, especialmente o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), vistos pela base bolsonarista como figuras controversas, rejeitam qualquer proposta que não garanta um perdão total, abrangente e sem restrições para os detidos por envolvimento em atos antidemocráticos e financiadores do evento de 8 de Janeiro.

Fontes próximas ao Metrópoles indicam que o projeto poderia ser rapidamente colocado em votação, considerando o conflito recente entre o Planalto e o Congresso. Parte da base do ex-presidente acredita que essa alternativa seria suficiente para aliviar a situação atual.

Em entrevista ao Metrópoles, um parlamentar próximo à família Bolsonaro afirmou que os filhos do ex-presidente adotam uma postura de “tudo ou nada”, o que pode prejudicar o próprio pai.

Enquanto a proposta de anistia sugere perdão integral aos presos, a dosimetria propõe penas reduzidas, o que não garantiria soltura imediata para Bolsonaro, mas poderia beneficiar o ex-chefe do Executivo, recentemente condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão, com redução das penas.

Segundo interlocutores do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), ele já advertiu os bolsonaristas que o ambiente não é favorável para a votação da anistia neste momento. Além disso, o presidente da Câmara teria realizado uma consulta aos líderes para confirmar que, mesmo que a proposta seja levada à pauta, não será aprovada.

Prisão de Bolsonaro aumenta a pressão pela votação

Após a prisão de Bolsonaro no último sábado (22/11), a oposição intensificou a pressão sobre o presidente da Câmara para que a anistia seja pautada. Contudo, Motta sugeriu que o projeto de dosimetria do PL seja levado à votação, de acordo com seus aliados.

A forma como ocorreu a prisão, após tentativa de violar a tornozeleira eletrônica, gerou desgaste para a imagem do ex-presidente. Líderes do centrão preferem evitar associar-se a essa controvérsia negativa.




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