Adrielly Souza
Folhapress
A família da Juliana Marins, 26 anos, brasileira que faleceu após passar quatro dias presa em um penhasco durante a subida de um vulcão na Indonésia, usou as redes sociais na terça-feira (24) para alertar sobre golpes feitos em nome da jovem.
De acordo com seus parentes, começaram a circular perfis falsos nas redes sociais pedindo dinheiro em nome da vítima e de sua família, mas essas informações são falsas.
“Esses perfis são falsos. Não estamos solicitando dinheiro para ninguém. Denunciem”, afirmou o comunicado postado pelo perfil oficial da família, que reforça que não há nenhuma campanha de arrecadação em andamento. A orientação é para que as pessoas não compartilhem links duvidosos e reportem as contas falsas às plataformas digitais.
Juliana, que viajava pela Ásia como turista, desapareceu enquanto fazia uma trilha no Monte Rinjani, na ilha de Lombok. Ela escorregou e caiu em um penhasco durante a escalada do vulcão. A operação de resgate durou quatro dias e contou com a participação de 48 pessoas, entre agentes da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia e voluntários locais.
A confirmação do falecimento foi feita pela família na terça-feira (24), após o corpo ser localizado por drones e resgatado com o auxílio de cordas, já que o mau tempo impedia o uso de helicópteros. Segundo as autoridades locais, o corpo foi encontrado em uma área de difícil acesso, com muitas pedras e pouca vegetação. A forte neblina e o terreno irregular complicaram o trabalho dos socorristas.
Para facilitar o resgate, foram estabelecidos dois acampamentos em pontos estratégicos do desfiladeiro — um a 400 metros e outro a 600 metros de profundidade. As equipes de busca foram ampliadas após cobranças da família. Os governos da Indonésia e do Brasil se uniram e anunciaram esforços para tentar salvar a turista.
Juliana era publicitária, natural de Niterói, no Rio de Janeiro. Ela tinha mais de 20 mil seguidores nas redes sociais, onde costumava publicar fotos e vídeos curtos de suas viagens, incluindo registros feitas na própria Indonésia, Tailândia, Vietnã e Filipinas.