Francisco Lima Neto
São Paulo, SP (FolhaPress)
A família de Juliana Marins, 26 anos, que faleceu na Indonésia após uma queda durante a trilha em um vulcão, alega que a equipe responsável pelo resgate agiu com negligência e promete lutar para obter justiça.
A turista aguardou socorro por quatro dias.
“Juliana sofreu um descaso sério por parte da equipe de resgate. Se eles tivessem chegado no tempo esperado, ela ainda estaria viva”, declarou a família por meio do perfil “Resgate Juliana Martins” no Instagram.
“Juliana merecia muito mais! Agora vamos buscar justiça em nome dela, porque é o que ela merece! Não desistam da Juliana!”, completaram.
O corpo da turista foi retirado do penhasco na quarta-feira (25). Conforme informado pela família, o resgate do corpo foi finalizado às 14h45 (horário local, madrugada no Brasil).
Às 15h, o corpo começou a ser transportado até a entrada do parque, percurso que deve durar cerca de oito horas.
Juliana foi encontrada com vida, porém a equipe de resgate só conseguiu alcançá-la na terça-feira (24), já sem vida.
“Graças a Deus, a equipe conjunta de busca e salvamento finalmente retirou Juliana de Souza Pereira Marins“, comunicou a polícia local.
O corpo será encaminhado para o Hospital Bhayangkara Polda NTB.
A jovem caiu no local na sexta-feira (20) enquanto fazia uma caminhada rumo ao cume do vulcão Monte Rinjani. Segundo a família, durante o percurso, ela teria mencionado estar cansada — uma trilha que duraria três dias — e o guia recomendou que ela descansasse enquanto o grupo prosseguia. Sozinha, ela teria caído em uma área íngreme de difícil acesso.
As operações de busca receberam reforço diante das críticas da família. Os governos da Indonésia e do Brasil se mobilizaram e anunciaram medidas para tentar salvar a turista. O resgate emocionou muitos nas redes sociais.
Somente na segunda-feira (23), Juliana foi localizada com auxílio de um drone térmico. Ela estava agarrada a um penhasco rochoso, imóvel aos olhos do parque que gerencia a trilha. A região era de difícil acesso, tanto para alpinistas quanto para resgate via helicóptero, e as buscas precisaram ser suspensas várias vezes devido às condições climáticas adversas.