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sábado, 21/06/2025




Ex-presidentes do BC recomendam foco em comunicação e planejamento a longo prazo

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Em Brasília

Conselhos dos ex-presidentes do Banco Central para o presidente Gabriel Galípolo

Nathalia Garcia
Brasília, DF (Folhapress)

Os ex-presidentes do Banco Central oferecem orientações importantes para o atual presidente, Gabriel Galípolo, entre elas, investir em comunicação eficaz e tomar decisões com foco no longo prazo. Essas recomendações estão no contexto da série “Conversas presidenciais”, que celebra os 60 anos da instituição.

Na série, composta por dez episódios, Galípolo dialoga com líderes que marcaram a trajetória do BC, discutindo desde a evolução do Comitê de Política Monetária até estratégias adotadas em momentos de crises financeiras e econômicas que impactaram o Brasil.

Wadico Bucchi, presidente entre 1989 e 1990, destacou a importância de comunicar à sociedade que o Banco Central atua para garantir a estabilidade econômica. Ele elogiou a habilidade comunicativa de Galípolo, apontando que essa é uma ferramenta valiosa para o mandato atual.

Gustavo Loyola, que enfrentou uma crise bancária durante sua gestão de 1995 a 1997, comentou sobre a necessidade crescente de comunicação robusta, especialmente com o avanço das tecnologias e a redistribuição de poderes entre Executivo, Legislativo e Judiciário em Brasília.

Similarmente, Alexandre Tombini, presidente de 2011 a 2016, sugeriu um investimento ainda maior na comunicação com o público, considerando os novos meios digitais.

Roberto Campos Neto, que precedeu Galípolo, enfatizou a importância de manter uma relação estreita com o Congresso para facilitar a aprovação de projetos e recomendou manter o Banco Central distante da polarização política.

Os líderes também ressaltaram a necessidade de paciência e visão de longo prazo, termo reforçado por nomes como Pedro Malan, que falou sobre a vantagem de olhar o cenário econômico sob múltiplos horizontes temporais, e Ilan Goldfajn, que aconselhou manter a calma diante das dificuldades diárias.

Henrique Meirelles lembrou que a serenidade nas decisões e a aplicação de métodos técnicos são fundamentais para o controle da inflação. Arminio Fraga indicou a importância de focar no essencial e usar bem o capital político limitado.

Por fim, Persio Arida destacou que o Banco Central deve ser protagonista nas questões regulatórias diante das mudanças tecnológicas, enquanto Gustavo Franco aconselhou a manter princípios sólidos e dedicação máxima no trabalho, reconhecendo que imprevistos fazem parte da gestão da instituição.




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