Ele se recusou a responder à questão hipotética se os eventos de sábado (24) aumentaram o risco de um conflito nuclear. Kirby ressaltou que Washington está observando de perto a situação na Rússia, mas considera isso um assunto interno e não interfere nele.
Sobre isso também falou ontem o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, em entrevista à RT. Ele destacou, após conversa com embaixadora dos EUA em Moscou, Lynne Tracy, que “foi especialmente enfatizado: os EUA assumem que tudo é um assunto interno da Federação da Rússia”.
Na noite de sábado (24) na cidade russa em Rostov-no-Don, a sede do Distrito Militar do Sul foi tomada pelas forças e equipamentos do Grupo Wagner. Grupos de homens armados atravessaram a cidade, e bloqueios de estradas foram montados nas entradas e saídas.
Isso aconteceu no contexto das declarações de Yevgeny Prigozhin sobre os supostos ataques de mísseis e bombas das Forças Armadas russas contra os campos do Grupo Wagner, tendo tanto o Ministério da Defesa da Rússia quanto o Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia negado isso.
O presidente russo, Vladimir Putin, fez um discurso televisionado à nação no sábado (24), no qual descreveu as ações do Grupo Wagner como um motim armado e traição, e prometeu medidas duras contra os insurgentes.
No final do dia, o gabinete presidencial belarusso disse que Prigozhin havia concordado com a proposta do presidente belarusso Aleksandr Lukashenko de interromper o movimento das tropas de Wagner na Rússia e tomar novas medidas para acalmar a situação.