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domingo, 22/06/2025




EUA aceitam programa nuclear civil do Irã, mas sem enriquecer urânio, diz Rubio

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Os Estados Unidos estão dispostos a aceitar um programa nuclear civil do Irã, desde que o país não realize o enriquecimento de urânio em seu território, declarou o secretário de Estado americano, Marco Rubio, neste domingo. Em entrevista à CBS, Rubio também afirmou que o objetivo dos EUA não é uma mudança de regime em Teerã.

“Qualquer nação tem direito a um programa nuclear civil. O que não pode é enriquecer urânio a 60%, esconder instalações sob montanhas e desenvolver mísseis”, disse Rubio. Segundo ele, o Irã pode operar reatores para geração de energia elétrica e importar material enriquecido, assim como vários outros países fazem.

Rubio ressaltou que os ataques de sábado não tiveram como alvo a mudança de regime. “Não foi uma ação contra o Irã ou seu povo, nem uma tentativa de mudança de governo. O objetivo foi enfraquecer três instalações nucleares vinculadas às ambições nucleares do país”, explicou. As instalações atingidas foram as de Fordow, Natanz e Isfahan.

O secretário revelou que o presidente Trump deu um prazo de 60 dias ao líder supremo iraniano para negociações antes dos ataques. “O presidente enviou uma carta ao líder supremo dizendo: queremos um acordo nos próximos 60 dias. Caso não haja avanços, consideraremos outras opções”, afirmou. Um empresário, Steve Witkoff, negociou com o governo de Omã, apresentando uma proposta muito generosa por escrito.

Rubio contestou avaliações de inteligência que negam que houve ordem política iraniana para desenvolver armas nucleares. “Isso é irrelevante. Não importa se houve ordem formal. Eles têm todos os recursos necessários para construir armas nucleares”, disse. Segundo ele, o Irã já dispõe de urânio enriquecido a 60%, mísseis e a infraestrutura exigida.

O secretário sugeriu que o Irã entregue seu estoque de urânio enriquecido para que outros países façam a diluição. “O que eles devem fazer é retirar o material do subsolo e entregar. Diversas nações ao redor do mundo aceitariam diluir esse material”, afirmou.

Fonte: Estadão Conteúdo




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