O ato se concentrou em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista
Segurança e investimentos
Além da revogação do novo ensino médio, os estudantes reivindicam mais investimentos e segurança nas escolas. “A gente pode fazer o nosso currículo dos sonhos, mas nada vai adiantar se as nossas escolas não tiverem estrutura”, ressaltou Valentina Macedo, da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (Umes).
Para ela, é necessário ainda medidas que evitem ataques como os que aconteceram nas últimas semanas. “O caminho para ter mais segurança nas escolas é os estudantes se sentirem mais acolhidos dentro dela. É ter apoio psicológico, ter mais funcionários nas escolas. Não é ter polícia nas escolas, é ter mais inspetor”, acrescentou.
Suspensão
A suspensão da implementação do novo currículo do ensino médio, anunciada no início de março pelo governo federal, foi uma vitória, na avaliação da presidenta da União Paulista dos Estudantes Secundaristas, Luiza Martins. “A gente vê isso [suspensão] como uma vitória, um grande passo, mas que não é suficiente para a nossa geração. A gente que a revogação imediata”, ressaltou.
Na avaliação dela, a nova estrutura, aprovada em 2017, mas que começou a entrar em vigor no ano passado, não promove uma formação adequada dos estudantes. “Ele [novo ensino médio] não cabe mais para a nossa juventude porque é um sistema que não faz a gente saber pensar. Eles estão tirando filosofia, sociologia, que são matérias importantíssimas para a formação do nosso senso crítico”, disse.
O Ministério da Educação (MEC) está preparando uma programação de consultas públicas, pesquisas e eventos para discutir a implementação do novo ensino médio no país. O cronograma deve ser anunciado no próximo dia 24 de abril.