De acordo com a investigação, o jovem incentiva pelas redes sociais ataques às escolas. Umas delas foi a de Sapopemba, que terminou com uma adolescente morta
Um estudante português de 17 anos foi detido em Portugal suspeito de incentivar, por redes sociais, que jovens realizassem massacres em escolas do Brasil. Um deles teria sido o ataque com arma de fogo em uma escola de Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, no fim do ano passado, que terminou com a morte de uma jovem de 17 anos. A operação foi conduzida pela Polícia Judiciária (PJ) com a colaboração da Polícia Federal do Brasil.
Segundo a investigação, o jovem promovia o nazismo e incitava comportamentos extremistas pelo Discord. No grupo na plataforma, ele incentiva aa automutilação grave de jovens, mutilação e morte de animais, difusão de propaganda extremista nazista, instigação e prática da “missão” de cometer massacres em escolas e, ainda, partilha e venda de material de abuso infantil. No grupo, também eram feitas transmissões de cenas de violência.
O jovem está sendo investigado pela prática dos crimes de homicídio qualificado, ofensas à integridade física qualificada e discriminação e incitamento ao ódio e à violência. Um suspeito de ser cúmplice dele também foi preso há duas semanas no Pará.
Sapopemba
Em outubro de 2023, um adolescente de 16 anos entrou armado dentro de uma escola de Sapopemba e matou uma estudante Giovanna Bezerra Silva, de 17 anos, com um tiro na cabeça. Outras duas estudantes, de 15 anos, foram atingidas pelos disparos. Elas receberam alta no mesmo dia. O adolescente foi apreendido. O pai do jovem também foi indiciado, já que a arma pertencia a ele.