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quinta-feira, 21/11/2024
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Equipe terceirizada do Google é demitida após alerta sobre problemas na IA da empresa

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Responsáveis pela moderação de conteúdo no Bard alegaram ao Congresso dos EUA que trabalham em condições inadequadas, podendo afetar o funcionamento do chatbot

(Beata Zawrzel/Getty Images)

Governos e empresas colocaram sobre escrutínio as consequências da inteligência artificial (IA) na sociedade para entender como balizar a presença massiva que a tecnologia terá sobre as economias. Contudo, no momento em que alguns pedem pela paralisação das pesquisas, outros apontam para os problemas que a falta de regulação podem desencadear.

No mais recente episódio, uma equipe de seis pessoas da desenvolvedora Appen, terceirizada do Google para fazer moderação do Bard, a IA generativa do buscador, revelou, em denúncia enviada ao Congresso dos EUA, estar submetida a condições de trabalho inadequadas e fora dos compromissos trabalhistas estabelecidos pela própria big tech. O resultado, segundo os trabalhadores, poderia criar um mau funcionamento da ferramenta de chatbot.

Na denúncia, acusam a empresa de manter os salários baixos mesmo após a empresa de Sundar Pichai começar a exigir, em 2019, que os contratados pagassem aos funcionários US$ 15 por hora. Segundo entrevistados do Washington Post, a Appen nunca atingiu essa marcas e pagava US$ 14,50 por hora para evitar o pagamento de benefícios. Há também uma cultura de prazos curtos e, em alguns casos, impossíveis para as tarefas estabelecidas.

“Eles muitas vezes não têm tempo suficiente para avaliar respostas mais longas”, escreveu um dos funcionários envolvidos na carta enviada ao Congresso americano. Isso significa, por exemplo, que alguém pode ter 5 minutos para avaliar uma resposta do Bard sobre a Guerra Civil americana. “O fato deles serem tão explorados pode levar a um produto defeituoso e, em última instância, mais perigoso”.

Entenda o caso

Ao jornal Washington Post, os trabalhadores da Appen alegam que passaram quase um ano lutando por melhorias nas condições de trabalho. Todos os seis foram demitidos duas semanas após o envio da carta ao Congresso.

Um dos funcionários afirma que a Appen usou “condições de negócios” como justificava para as demissões. A empresa não respondeu aos pedidos de comentários do Washington Post.

“A Appen é responsável pelas condições de trabalho de seus funcionários, incluindo salários, benefícios, mudanças de emprego e as tarefas atribuídas a eles”, disse Courtenay Mencini, porta-voz do Google. “É claro que respeitamos o direito desses trabalhadores de se filiar a um sindicato ou participar de atividades de organização, mas é uma questão entre os trabalhadores e seu empregador, Appen.”

 

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