No âmbito do apoio aos importadores de gás, a partir de outubro do ano corrente até 2024 na Alemanha vão cobrar dos consumidores do gás uma taxa adicional, que para uma família de quatro pessoas pode chegar a um número de três dígitos de despesas anuais adicionais. O mecanismo está destinado a fazer com que as empresas fornecedoras de gás possam seguir trabalhando, sem medo de falência devido aos altos preços de compra.
Nord Stream – a principal rota de fornecimento de gás da Gazprom, que é a maior exportadora de gás natural do mundo, para a Europa – voltou a funcionar em 21 de julho após obras de manutenção planejadas. O fornecimento de gás seguiu a 40% da capacidade total diária de quase 170 milhões de metros cúbicos.
Após o início da operação especial russa para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia, o Ocidente fortaleceu a pressão de sanções contra Moscou. Muitos países anunciaram o congelamento dos ativos russos e começaram a soar apelos para se recusar da energia russa. Tais medidas resultaram em problemas para a própria Europa e os EUA, provocando o aumento dos preços dos alimentos e do combustível.
Entre os países europeus, a Alemanha enfrentou aumento dos preços da energia e uma alta inflação. Devido ao aumento do preço do combustível, antes de mais nada do gás, as indústrias alemãs em muitos aspectos perderam as suas vantagens competitivas, o que também afetou outros campos de uma das maiores economias da União Europeia.
Anteriormente, a edição DWN comunicou que a atual crise energética se tornou razão de uma “condenação devastadora” para o futuro da economia alemã. A deputada alemã e ex-líder da coligação parlamentar do Partido de Esquerda, Sahra Wagenknecht, por sua vez, afirmou que Berlim deve acabar com a guerra econômica contra Moscou, já que é incapaz de sobreviver sem a energia russa.