Ministro também afirmou que, durante sua gestão, a corte fez trabalhos de forma altiva para proteger a Constituição Federal
Em sua última sessão como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luiz Fux fez um discurso firme e afirmou que a corte, durante sua gestão, foi “impermeável às provocações”: “Não bastasse a pandemia, é preciso registrar, embora seja um momento festivo, nos dois últimos anos a corte e seus membros sofreram severos ataques em tons e atitudes extremamente enérgicos. Não houve um dia sequer em que a legitimidade de nossas decisões não tenha sido questionada, seja pro palavras hostis, seja por atos antidemocráticos”. Fux também fez um balanço da gestão e ressaltou que depois de dois anos a corte passou a contar com serviços administrativos e judiciais prestados em ambiente 100% online. O ministro também afirmou que a corte fez os trabalhos de forma altiva e para proteger a Constituição: “Dia após dia, no exercício da nossa função, onde havia hostilidade construímos respeito, onde havia antagonismo estimulamos cooperação, onde havia fragmentação oferecemos o diálogo e onde havia desconfiança erguemos credibilidade. Mas temos humildade, porém, para reconhecer que esse trabalho ainda é inacabado. Afinal, a legitimidade de uma corte constitucional não se constrói, nem se corrói, em um único dia”. A substituta de Fux no comando do STF é a ministra Rosa Weber. A posse da nova presidente da corte está marcada para a próxima segunda-feira, 13, e o vice será o ministro Luís Roberto Barroso. O mandato de Weber será mais curto porque a ministra se aposenta em outubro do ano que vem.