Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PL de São Paulo, declarou nas redes sociais que se sente orgulhoso após ser formalmente acusado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na semana passada, a Primeira Turma do STF aceitou por unanimidade a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado, que é acusado de tentar atrapalhar o processo investigativo sobre um plano de golpe.
O ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso, foi o primeiro a votar a favor da ação penal contra Eduardo Bolsonaro, e teve o apoio dos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Carmem Lúcia.
Eduardo comentou: “Ser chamado de réu em um país onde esta mesma Suprema Corte, que me processa, libera criminosos, é motivo de orgulho”.
Ele também disse: “Quem comemora essa notícia é pobre de espírito e fruto da própria ignorância. Que Deus tenha piedade”.
A denúncia da PGR aponta que Eduardo Bolsonaro e o blogueiro Paulo Figueiredo tentaram, nos Estados Unidos, impor sanções contra ministros do STF.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, informou que a campanha visava pressionar a Corte para não condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro no processo sobre a tentativa de golpe. Jair Bolsonaro foi condenado pela Primeira Turma da corte a 27 anos e 3 meses de prisão.
De acordo com Gonet, foi provado que Eduardo Bolsonaro e Figueiredo usaram contatos com o presidente dos EUA, Donald Trump, para tentar influenciar a atuação judicial do STF.
Com o início da ação penal, o STF pode solicitar a extradição do deputado antes do julgamento final. A extradição serve tanto para cumprir a pena quanto para avançar na investigação do caso.
O andamento desse pedido dependeria da cooperação do governo Trump, que já sancionou ministros do STF com cancelamento de vistos e restrições financeiras com base na Lei Magnitsky.
