A indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para assumir a liderança da Minoria na Câmara dos Deputados permanece indefinida. Na terça-feira (16), a deputada Caroline de Toni (PL-SC) anunciou sua renúncia ao cargo em favor de Eduardo Bolsonaro. A oposição espera que, mesmo residindo atualmente nos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro não perca seu mandato devido às ausências no Plenário.
Durante a sessão do Plenário, questionado sobre o caso, o presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que não podia agir baseando-se em suposições. Ele ressaltou que a escolha dos líderes é uma prerrogativa das bancadas e não do presidente. “É evidente que este é um caso incomum. Faremos uma análise cuidadosa”, disse.
Caroline de Toni destaca resistência de Eduardo Bolsonaro
Caroline de Toni ressaltou o empenho de Eduardo Bolsonaro como parlamentar. “Além de interesses pessoais e partidários, há algo mais importante: o compromisso com o Brasil. Mesmo afastado e enfrentando dificuldades, Eduardo tem mostrado firmeza e dedicação na defesa das liberdades individuais e na busca por equilíbrio entre os Poderes, fundamental para uma democracia plena.”
O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), defendeu o direito do partido de indicar a liderança da Minoria. “Apesar das críticas, reconhecemos o excelente trabalho que nosso deputado Eduardo Bolsonaro tem realizado no exterior. Com base em resolução da Mesa Diretora da Câmara, vamos nomeá-lo.”
Acusações contra Eduardo Bolsonaro
Deputados do PT e do Psol planejam entregar ao presidente da Câmara, Hugo Motta, um abaixo-assinado com 400 mil assinaturas solicitando a cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro.
A deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) acusa Eduardo Bolsonaro de ter papel em tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, além de sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal ligados ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, recentemente condenado por participação em tentativa de golpe, entre outras acusações.
“Eduardo Bolsonaro está evidentemente agindo contra os interesses do povo brasileiro. Seria ridículo se não fosse grave proteger um traidor da nação”, declarou.
O líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ), reclama que o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ainda não abriu os processos disciplinares solicitados pelo PT e pelo Psol contra Eduardo Bolsonaro.