Escolher ativos que se comportem de forma diferente dos principais produtos da carteira é essencial para proteger o investidor em momentos de crise. Entenda as razões
Resumo do investidor
Proteger a carteira é colocar parte do capital em uma estratégia que seja diferente da adotada pela maioria dos seus investimentos; – Dólar e ouro são os ativos mais tradicionais de proteção; – Criptomoedas estão conquistando seu espaço, mas ainda são muito recentes e voláteis.
A bolsa brasileira teve novos momentos de forte volatilidade na última semana. Na terça-feira, 11, o Ibovespa, principal índice da B3, alcançou a maior pontuação desde o fim de janeiro, perto dos 123.000 pontos com a força das commodities. No dia seguinte, o índice desabou 2,65% com os temores renovados de inflação nos Estados Unidos, abaixo dos 120.000 pontos. Com as ações a volatilidade foi ainda maior, com quedas que superaram 5%.
São nesses momentos de estresse que o investidor volta a se lembrar de que é importante proteger a sua carteira de investimentos das fortes oscilações e, principalmente, das quedas. Mas isso não pode acontecer apenas quando as perdas batem à porta. “Ninguém pensa em comprar um guarda-chuva em um dia de sol, mas é exatamente isso que deveríamos fazer”, afirma Roberto Motta, chefe da mesa de derivativos da Genial Investimentos.
Buscar uma proteção para o portfólio significa investir em ativos que se comportem de forma diferente — ou até oposta — em relação aos principais produtos da carteira. É o que se chama de ativos descorrelacionados. Em linhas gerais, consiste em colocar parte do capital em uma estratégia que seja diferente da adotada pela maioria dos seus investimentos.
Os ativos de proteção mais tradicionais do mercado são investimentos em dólar e ouro. Já as criptomoedas ainda são consideradas muito recentes e voláteis para conquistar um espaço permanente entre os ativos de proteção. Ainda assim, elas são frequentemente citadas como uma via interessante de diversificação, já que não possuem relação direta com nenhum outro ativo do mercado.
O mais importante, porém, é entender de qual situação o investidor quer se proteger, para então escolher o escudo adequado. Entenda abaixo como dólar, ouro e criptomoedas podem ser utilizados para compor uma carteira de investimentos.
Dólar
Para quem quer se proteger do risco-Brasil, o ideal é apostar em ativos que não estejam denominados em reais. Isso porque, ao investir na bolsa, o investidor está sujeito aos riscos do país no qual essas companhias negociam. Por aqui, o mercado local continua sendo arriscado – até quando caminha bem.
Prova disso é que a situação fiscal continua sob riscos elevados, sem contar a pandemia de Covid-19 ainda em situação grave. E quanto maior a tensão política interna, menor a capacidade de atração e retenção do capital no país, o que leva a uma desvalorização da moeda local.
Além disso, 2022 é um ano de eleições, péssimo momento para esperar que o Congresso coloque em pauta medidas necessárias mas impopulares – como a reforma administrativa – que poderiam devolver a confiança ao investidor.
A bolsa brasileira teve novos momentos de forte volatilidade na última semana. Na terça-feira, 11, o Ibovespa, principal índice da B3, alcançou a maior pontuação desde o fim de janeiro, perto dos 123.000 pontos com a força das commodities. No dia seguinte, o índice desabou 2,65% com os temores renovados de inflação nos Estados Unidos, abaixo dos 120.000 pontos. Com as ações a volatilidade foi ainda maior, com quedas que superaram 5%.
São nesses momentos de estresse que o investidor volta a se lembrar de que é importante proteger a sua carteira de investimentos das fortes oscilações e, principalmente, das quedas. Mas isso não pode acontecer apenas quando as perdas batem à porta. “Ninguém pensa em comprar um guarda-chuva em um dia de sol, mas é exatamente isso que deveríamos fazer”, afirma Roberto Motta, chefe da mesa de derivativos da Genial Investimentos.
Buscar uma proteção para o portfólio significa investir em ativos que se comportem de forma diferente — ou até oposta — em relação aos principais produtos da carteira. É o que se chama de ativos descorrelacionados. Em linhas gerais, consiste em colocar parte do capital em uma estratégia que seja diferente da adotada pela maioria dos seus investimentos.
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Os ativos de proteção mais tradicionais do mercado são investimentos em dólar e ouro. Já as criptomoedas ainda são consideradas muito recentes e voláteis para conquistar um espaço permanente entre os ativos de proteção. Ainda assim, elas são frequentemente citadas como uma via interessante de diversificação, já que não possuem relação direta com nenhum outro ativo do mercado.
O mais importante, porém, é entender de qual situação o investidor quer se proteger, para então escolher o escudo adequado. Entenda abaixo como dólar, ouro e criptomoedas podem ser utilizados para compor uma carteira de investimentos.
Dólar
Para quem quer se proteger do risco-Brasil, o ideal é apostar em ativos que não estejam denominados em reais. Isso porque, ao investir na bolsa, o investidor está sujeito aos riscos do país no qual essas companhias negociam. Por aqui, o mercado local continua sendo arriscado – até quando caminha bem.
Prova disso é que a situação fiscal continua sob riscos elevados, sem contar a pandemia de Covid-19 ainda em situação grave. E quanto maior a tensão política interna, menor a capacidade de atração e retenção do capital no país, o que leva a uma desvalorização da moeda local.
Além disso, 2022 é um ano de eleições, péssimo momento para esperar que o Congresso coloque em pauta medidas necessárias mas impopulares – como a reforma administrativa – que poderiam devolver a confiança ao investidor.