O ministro da Saúde, Arthur Chioro, recebeu nesta terça-feira (29) um telefonema da presidente Dilma Rousseff no qual foi informado de que ela necessitará da pasta na reforma ministerial.
O ministério passará a ser controlado pela bancada do PMDB na Câmara. Os cotados para a vaga são os deputados Marcelo Castro (PMDB-PI) e Manoel Dias (PMDB-PB), ambos médicos.
Arthur Chioro, que é do PT, ainda deverá ser chamado pela presidente para uma conversa particular. Segundo relataram dois ministros, Dilma pretende agradecer pela contribuição de Chioro e dizer a ele que a decisão foi motivada por uma necessidade política e não pelo desempenho dele à frente da pasta. Por enquanto, o ministro permanece no cargo.
Além da Saúde, a bancada da Câmara do PMDB deverá ficar com outro ministério. Embora um dos objetivos da reforma ministerial seja reduzir para pelo menos 29 o total de pastas (atualmente 39), o espaço do PMDB deverá aumentar dos atuais seis para sete ministérios. Outras pastas contemplarão a bancada do partido no Senado e o grupo do vice-presidente Michel Temer, presidente nacional do PMDB.
O objetivo da reforma ministerial é assegurar apoio às matérias de interesse do governo nas votações no Congresso Nacional.
A presidente Dilma Rousseff voltou a negociar a reforma ministerial nesta terça, depois de retornar de Nova York, onde participou da Assembleia Geral das Nações Unidas. O novo ministério deve ser anunciado até a próxima quinta-feira (1).