Hugo Motta, presidente da Câmara, declarou que a invasão da cadeira da Presidência pelo deputado Glauber Braga durante sessão no plenário foi um ato de desrespeito à instituição e ao Legislativo. Segundo Motta, a cadeira da Presidência simboliza a República, a democracia e o povo brasileiro, e não deve ser usada como instrumento de intimidação ou desordem. Ele afirmou que os parlamentares têm liberdade dentro das regras, e que extrapolar esses limites é abuso, não liberdade.
Glauber Braga ocupou o assento da presidência e recusou-se a deixar o local, o que interrompeu os trabalhos da Câmara. Motta enfatizou que aqueles que acreditam que a democracia existe apenas quando lhes convém estão cometendo um grave erro, comparando essa conduta ao extremismo que censura outros pontos de vista.
O presidente da Câmara ressaltou que sua responsabilidade é garantir a ordem, o rito e o respeito à instituição, e não permitirá que as normas sejam desrespeitadas ou que a Câmara seja humilhada. Ele disse que negar a visão do outro é negar o debate, o pluralismo e até a própria democracia, e prometeu proteger o Parlamento contra esse tipo de atitude.
Motta também mencionou sua missão de defender a democracia contra manifestações autoritárias e agressões simbólicas, assegurando que os conflitos sejam resolvidos com diálogo, argumentos e votos, não com invasões ou vandalismo institucional. Ele afirmou que quem desrespeitou o Legislativo, na verdade, se desrespeitou, e que a Câmara manterá sua postura firme e inegociável diante do extremismo.
Além disso, o deputado Glauber Braga enfrenta pedidos de cassação por conduta considerada indecorosa em incidentes anteriores. Durante a ocupação da Presidência, Braga afirmou que os três pedidos de cassação em votação atingem principalmente a ele, destacando que outros deputados mencionados já possuem decisões diferentes em processos judiciais.
Por fim, o vice-líder da oposição, deputado Alberto Fraga (PL-DF), elogiou a atuação da Polícia Legislativa e do presidente na manutenção da ordem e da honra da Casa. Ele relatou episódios de agressão contra membros da Polícia Legislativa e defendeu a legalidade das ações para desobstruir a Mesa, recebendo apoio de outros deputados oposicionistas.

