Em plena maré de azar, Musk encara as ações da Tesla em queda, uma acusação de assédio sexual e o impasse na compra do Twitter
“Todos no Brasil amam você”, disse, em inglês, o entusiasmado ministro das comunicações Fábio Faria a Elon Musk, pouco antes de o condecorar com uma medalha de honra na sexta-feira, 20, durante a visita do empresário no Brasil.
Na ocasião, Musk veio ao país para anunciar a promessa de expandir a operação da Starlink, de internet por satélite, na Amazônia, e de prestar um serviço de monitoramento da floresta.
Contudo, o bilionário, que foi agraciado por outros asseclas do governo Bolsonaro por pouco mais de quatro horas, não deve ter levado consigo a positividade com qual foi recebido, já que uma maré de azar pairou sobre ele assim que desembarcou no país.
Ainda na sexta-feira, enquanto estava no voo, Musk viu as ações da Tesla caírem 8% depois que a empresa foi retirada do índice S&P 500 ESG, de empresas que respeitam questões ambientais, sociais e de governança corporativa.
No mesmo dia, o site Insider informou que ele teria pago US$ 250 mil em 2018 para encerrar a acusação de assédio sexual feita por uma comissária de bordo não identificada.
A profissional acusou Musk de expor seu pênis ereto para ela, esfregar sua perna sem consentimento e se oferecer para comprar um cavalo se ela fizesse uma massagem erótica, de acordo com entrevistas e documentos feitas pelo Insider. O bilionário se defendeu dizendo que as acusações são “totalmente falsas”.
E nesta segunda, o magnata enfrenta mais um episódio do empasse na compra o Twitter. Para aceitar comprar a empresa por US$ 44 bilhões, Musk pediu provas de que menos de 5% de suas contas do serviço são de bots.
Contudo, há indicadores de que isso não corresponde pela realidade da rede social, e o executivo começou a questionar publicamente a afirmação do Twitter, chegando inclusive a bater boca com o CEO da rede social Parag Agrawal, no que ele classificou as explicações do primeiro com um emoji de cocô.