A equipe de defesa de Jair Bolsonaro (PL) comunicou que encaminhará nesta segunda-feira (15/12) uma nova solicitação ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para autorizar a cirurgia indicada ao ex-presidente. O pedido será feito após a confirmação do diagnóstico de duas hérnias inguinais, detectadas em exames de ultrassonografia realizados no domingo (14/12).
De acordo com os advogados, o exame foi realizado na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, com equipamento portátil aprovado pelo STF. A equipe médica que acompanha Bolsonaro afirmou que a condição exige tratamento cirúrgico como medida definitiva.
Em mensagem no X (antigo Twitter), o advogado Paulo Cunha Bueno explicou que a defesa solicitou inicialmente a autorização para procedimentos cirúrgicos, mas o pedido foi respondido com a determinação de uma perícia médica pela PF para avaliar a necessidade da cirurgia. Por isso, os advogados decidiram pedir a ultrassonografia, cujo resultado confirmou o diagnóstico apresentado pelos médicos assistentes.
O novo pedido para autorização de hospitalização será feito com base nos exames atualizados, na esperança de que a decisão leve em consideração os resultados recentes.
No sábado (13/12), o ministro Alexandre de Moraes permitiu a entrada de um médico na unidade da PF com equipamento de ultrassom portátil para realização do exame. Essa decisão ocorreu após o ministro considerar que os documentos anteriores apresentados pela defesa eram antigos e ordenou a realização de uma perícia médica oficial pela PF, com prazo de até 15 dias, que segue em andamento.
A defesa solicita que Bolsonaro seja transferido para o hospital DF Star, em Brasília, para o procedimento e que permaneça internado pelo tempo necessário para sua recuperação. A hérnia inguinal ocorre quando parte do intestino ou tecido abdominal se desloca pela região da virilha, causando inchaço, dor e desconforto, sobretudo durante esforços físicos.
O ex-presidente está preso desde 22 de novembro na Superintendência da Polícia Federal, onde cumpre pena em regime fechado após o trânsito em julgado do processo relacionado à trama golpista.
