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domingo, 24/11/2024
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Cunhado do rei Felipe VI é preso por corrupção na Espanha

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Esta é a primeira vez na história moderna da Espanha que um parente de um monarca é preso, após um processo que durou 12 anos

Madri – O cunhado do rei Felipe VI da Espanha, Iñaki Urdangarin, foi nesta segunda-feira para a prisão para cumprir uma pena de cinco anos e dez meses, imposta a ele pelo Tribunal Supremo do país devido a um caso de corrupção, informaram à Agência Efe fontes penitenciárias.

Urdangarin, marido da infanta Cristina, ingressou na pequena prisão de Brieva, na província de Ávila, perto de Madri, segundo as fontes.

Urdangarin, que chegou ontem à noite ao aeroporto Adolfo Suárez Madrid-Barajas procedente de Genebra (Suíça), onde residia com sua esposa e seus quatro filhos, podia escolher o centro penitenciário para cumprir a condenação como qualquer cidadão que no momento de ir para a prisão esteja em liberdade.

A penitenciária de Brieva, situada a sete quilômetros da cidade de Ávila, foi construída em 1989 e, com 43.540 metros quadrados, é um centro de pequeno tamanho com 162 celas, segundo dados das Instituições Penitenciárias.

Urdangarin foi condenado pelo desvio de vários milhões de euros de dinheiro público para uma fundação sem fins lucrativos que ele mesmo presidia.

O Supremo, que reduziu em cinco meses a pena de Urdangarin, ratificou na semana passada a condenação inicial por desvio, prevaricação, fraude contra a Administração, dois crimes fiscais e tráfico de influência, mas o absolveram de falsificação de documento público.

É a primeira vez na história moderna da Espanha que um parente de um monarca vai para a prisão, após um processo judicial que durou 12 anos.

A prisão de Urdangarin coincidiu com a estadia dos reis da Espanha em San Antonio (Texas), a 8.300 quilômetros de Madri, onde hoje terminam sua visita e viajam para Washington para se reunir amanhã com o presidente dos EUA, Donald Trump, e sua esposa, Melania.

Quando a resolução do Supremo foi divulgada no último dia 12, a Casa do Rei expressou seu “respeito absoluto à independência do Poder Judiciário”.

Tanto a infanta como seu marido foram afastados de toda atividade institucional no final de 2011, dias antes de Urdangarin ser acusado.

Posteriormente, deixaram de ser membros da Família Real após a abdicação de Juan Carlos I e a proclamação de Felipe VI, em 19 de junho de 2014.

 

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