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terça-feira, 09/12/2025

Criminosos do CV e PCC enfrentam dificuldades ao tentar se estabelecer no Distrito Federal

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Criminosos das facções Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC), as duas maiores organizações criminosas do Brasil, têm buscado refúgio no Distrito Federal e entorno para fugir da prisão em seus estados de origem, Rio de Janeiro e São Paulo. Além disso, esses grupos tentam recrutar membros para expandir suas operações nessas regiões. No entanto, ambos enfrentam um ambiente adverso que dificulta sua consolidação. Muitos acabam mortos ou detidos.

No Distrito Federal, uma estratégia conjunta entre as forças de segurança — Polícias Civil (PCDF), Penal e Militar (PMDF) — criou uma barreira efetiva para essa expansão. A vigilância constante sobre integrantes e simpatizantes das facções impede que eles se estabeleçam e mantenham bases de atuação.

A disputa entre CV e PCC tem deixado um rastro de violência em várias cidades do DF e nas regiões próximas, vitimando moradores e membros das próprias organizações. Muitos dos envolvidos morrem em confrontos com as forças policiais, que agem com rapidez e eficácia para neutralizar ataques e impedir a instalação de células criminosas.

Casos emblemáticos

Um exemplo marcante é o caso de Weberth da Silva Alves, integrante do PCC suspeito de participar de ao menos quatro homicídios em Águas Lindas de Goiás, no entorno do DF, em 2023. A brutalidade desses crimes evidencia a guerra interna das facções que tentam atuar na região. Weberth é apontado como mandante da execução de um integrante do CV no entorno — crime inclusive filmado pelos próprios executores.

Em abril deste ano, três integrantes do PCC morreram ao atacar policiais militares da Companhia de Policiamento Especializado (CPE) de Águas Lindas. Entre os mortos estava Edson dos Santos Guedes, conhecido como “BB”.

As forças policiais descobriram um depósito usado pelos faccionados, sendo recebidos a tiros ao realizarem a abordagem. Os PMs identificaram criminosos que publicavam vídeos nas redes sociais exibindo armamento pesado em via pública e fazendo ameaças explícitas.

Em 22 de novembro, o criminoso do “Novo Cangaço” José Almeida Santana, apelidado de “Pedro Bó”, membro da liderança do PCC, morreu após confronto com a Polícia Militar de Goiás, em Anápolis. Segundo a PMGO, ele estava com um objeto suspeito na cintura no interior de um supermercado.

Ostentação e prisões

Nem todos esses criminosos encontram a morte. Muitos são presos antes de ampliar suas atividades.

Em 1º de dezembro, policiais da CPE de Águas Lindas, com apoio de unidades do DF, prenderam em Ceilândia (DF) o traficante do CV Lucas Menezes de Araújo, conhecido como “LK”, de 29 anos. Ele exibia nas redes sociais um estilo típico do “criminoso intocável”: armas pesadas, drogas, dentes de ouro e demonstrações de status.

A captura de “LK” comprova que as tentativas de se esconder no DF e entorno — longe das favelas do Rio e das quebradas de São Paulo — têm falhado repetidas vezes.

Outro detido foi Danúbio de Jesus Gomes, conhecido como “Uba”, integrante do PCC, preso na casa do pai, em Brazlândia (DF), em março deste ano. Ele é apontado como um dos principais traficantes da região.

A prisão ocorreu durante uma operação conjunta da 18ª Delegacia de Polícia com o 16º Batalhão da Polícia Militar (BPM), em Brazlândia.

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