23.5 C
Brasília
terça-feira, 04/11/2025




CPI Do Crime Organizado Convoca Ministros E Governadores

Brasília
nuvens quebradas
23.5 ° C
23.5 °
23.1 °
74 %
2.1kmh
75 %
qua
31 °
qui
30 °
sex
30 °
sáb
27 °
dom
20 °

Em Brasília

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) responsável por investigar o crime organizado no Brasil começou a funcionar nesta terça-feira (4) no Senado. Ela convidou dois ministros importantes do governo e 11 governadores para participar das reuniões, além de especialistas em segurança e chefes de órgãos de segurança pública.

O relator da CPI, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), solicitou informações sobre as ações de combate ao crime organizado aos ministérios da Justiça, Segurança Pública e Defesa.

A princípio, a comissão aprovou o convite para ouvir o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandovski, o ministro da Defesa, José Múcio, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Corrêa, entre outros representantes dos órgãos federais de segurança.

A CPI tem 120 dias para analisar os problemas ligados ao crime organizado no país e propor medidas para enfrentar facções criminosas e milícias.

Foi aprovado também um pedido para acelerar a análise de projetos de lei sobre segurança pública na Câmara dos Deputados, que já foram aprovados no Senado.

Governadores

O relator Alessandro Vieira pediu para ouvir 11 governadores e seus secretários de Segurança. Os governadores convidados são dos estados considerados mais e menos seguros, com base em dados do Ministério da Justiça e do Fórum Nacional de Segurança Pública.

Ele explicou que o convite inclui a presença da equipe técnica de inteligência, investigação e sistema prisional de cada estado, para apresentar suas opiniões sobre o crime organizado no Brasil.

Dos estados com maior índice de insegurança, foram convidados governadores de Amapá, Bahia, Pernambuco, Ceará e Alagoas. Já dos estados mais seguros, participaram representantes de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e do Distrito Federal.

Os estados do Rio de Janeiro e São Paulo também foram convidados, não pela segurança, mas por serem áreas onde estão as principais facções criminosas do Brasil, segundo Alessandro Vieira.

Especialistas

A CPI também decidiu ouvir especialistas em segurança pública e pessoas com experiência reconhecida na área. Entre eles estão o promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Lincoln Gakiya, conhecido por seu trabalho contra o PCC; Renato Sérgio de Lima, presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública; e os professores e pesquisadores Joana da Costa Martins Monteiro e Leandro Piquet Carneiro.

O relator também solicitou a participação de profissionais de comunicação que atuam na cobertura de crimes, incluindo jornalistas investigativos, comentaristas e consultores.

Foram chamados para colaborar Josmar Jozino, jornalista do portal UOL; Rafael Soares, do jornal O Globo; Cecília Olliveira, do Instituto Fogo Cruzado; Bruno Paes Manso, pesquisador da USP e ex-jornalista; Allan de Abreu, da Revista Piauí; e Rodrigo Pimentel, consultor em segurança pública e ex-capitão do Bope do Rio de Janeiro.

Por fim, a CPI requisitou informações dos ministérios da Segurança Pública e da Defesa sobre o controle de armas, além de relatórios sobre facções criminosas e milícias.

Alessandro Vieira destacou a dificuldade em identificar e rastrear armas e munições no Brasil, justificando o pedido de informações para ajudar nas investigações.

As informações foram disponibilizadas pela Agência Brasil.




Veja Também