Já consolidada na cultura ocidental, a Black Friday, nesta sexta-feira (28/11), atrai golpistas que tentam enganar os consumidores ávidos por promoções. Um golpe comum envolve produtos internacionais retidos na alfândega.
Nas redes sociais, criminosos se passam pela Receita Federal, Correios e transportadoras, induzindo o comprador a pagar taxas falsas para liberar a mercadoria.
É fundamental saber que nem a Receita Federal nem os Correios fazem contato telefônico ou enviam mensagens solicitando pagamentos via boletos, Pix, e-mails, WhatsApp ou SMS.
A Receita informa que tributos nunca são pagos por depósito em conta corrente; encomendas são liberadas pelos Correios, e remessas expressas são feitas por empresas autorizadas.
A Receita Federal alerta: “Nunca exigimos pagamento em espécie ou depósito para liberar encomendas; tributos são pagos via Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF). Golpes frequentemente usam redes sociais e sites falsos para dar credibilidade à fraude. É essencial estar atento para não cair nesses golpes.”
Algumas transportadoras também alertam sobre fraudes. A Azul Cargo Express esclarece que não solicita pagamentos extras, códigos ou informações pessoais por mensagens. Suspeite de links duvidosos e confirme sempre pelos canais oficiais.
A Jadlog reporta aumento em golpes com e-mails fraudulentos e mensagens pedindo taxas extras. A empresa recomenda desconfiar de qualquer pedido de pagamento fora dos canais oficiais.
Produtos podem ficar retidos por documentação incorreta, suspeita de fraude, itens proibidos ou impostos pendentes.
Compras até US$ 50 têm tributação de 20%. Para valores entre US$ 50,01 e US$ 3 mil, a taxa é de 60%, descontando US$ 20 do imposto total.
Pagamentos pendentes devem ser quitados no momento da compra em sites certificados pelo Programa Remessa Conforme (PRC). Compras em sites não certificados requerem pagamento no site dos Correios ou empresas de courier em até 20 dias após autorização da importação, sob risco de devolução da encomenda.
Como identificar mensagens falsas na Black Friday
Para se proteger, siga este checklist:
- Remetente estranho: Mensagens de números comuns ou e-mails genéricos (ex: correios.rastreio@gmail.com) são suspeitas. Empresas usam contatos oficiais com domínios reconhecíveis (ex: @correios.com.br).
- Linguagem de urgência e erros: Textos alarmistas com erros de português ou formatação estranha visam fazer você agir impulsivamente.
- Links suspeitos: Verifique o link antes de clicar. URLs oficiais são diferentes de variações duvidosas (ex: rastreio-correios-br.xyz vs correios.com.br).
- Pedido de dados bancários: Transportadoras nunca solicitam dados de cartão para rastreamento. Taxas de importação são pagas em ambiente seguro do governo ou no site oficial dos Correios, nunca via links recebidos por SMS.