Registro de casos de dengue no Distrito Federal cresceu mais de 700% neste ano, segundo o boletim informativo epidemiológico divulgado ontem (10) pela Secretaria de Saúde do DF. Em 2013, de janeiro ao início de dezembro, foram mais de 11,6 mil casos confirmados, frente aos 1,3 mil do mesmo período no ano passado.
Ceilândia (2.213), seguida de Samambaia (1.409) e Taguatinga (1.098) foram as cidades com o maior número de ocorrências da doença, que é transmitida pelo mosquito Aedes Egypt. “O aumento de casos no DF, apesar de alto, está abaixo do que havia sido previsto pela secretaria”, comenta a subsecretária de Vigilância à Saúde, da Secretaria de Saúde, Marília Cunha.
Segundo a subsecretária, o aumento exponencial de casos em 2013 é explicado pelo período médio que os ovos do mosquito podem demorar para se transformar em larvas. Por isso, é comum que a cada três ou quatro anos aconteça um aumento do número de pessoas contaminadas. “No DF, tivemos um universos de 21 mil casos de suspeitas de dengue, bem inferior à quantidade de suspeitas em todo o país, que superou a marca de 1,4 milhão”, comenta.
Apesar dos milhares de casos confirmados, o DF registrou nove mortes em decorrência da dengue. “Essa doença mata e conscientizar a população a manter suas casas limpas, sem água parada, é nosso maior desafio”, conta Marília, que ainda revela que a principal forma de contágio na capital do país acontece dentro de casa.
Ainda segundo a secretária, 42% dos casos registrados são de pessoas que não moram no DF, mas foram tratadas aqui, como ocorreu com a estudante Marta Dantas, 26 anos, moradora de Luziânia, que foi contaminada na chácara da família, mas recebeu tratamento no DF. “Fui diagnosticada com Dengue em Luziânia, porém, lá não tinha suporte nenhum pra mim, por isso fui transferida para o DF”, comenta.