O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed bin Mohammed al-Ansari, declarou nesta terça-feira (7/10) que o destino de Gaza deve ser decidido pelos próprios palestinos. Essa afirmação ocorre em meio às negociações de cessar-fogo.
Representantes do Hamas e de Israel estão reunidos no Cairo, no Egito, para discutir uma proposta de cessar-fogo na região palestina, que também envolve um plano de paz apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“A reconstrução [de Gaza] precisará de apoio internacional, mas os assuntos palestinos devem ser decididos pelos próprios palestinos, que têm o direito de escolher seu caminho”, afirmou al-Ansari.
Plano de Paz
O plano de paz para Gaza, anunciado em 29 de setembro, consiste em 20 pontos que propõem transformar a região em uma área sem armamentos.
A iniciativa também sugere que os membros do grupo Hamas possam ter anistia, desde que entreguem suas armas e concordem em viver em paz com Israel.
O plano foi apresentado por Trump, ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
al-Ansari comentou que a reunião durou quatro horas de discussões detalhadas para identificar dificuldades, e que as negociações seguem em andamento, com todos empenhados em alcançar um acordo.
Ele ressaltou que ainda há muitos pontos a serem acertados, como o processo de troca de prisioneiros, a libertação dos capturados palestinos e a entrada de ajuda humanitária.
O porta-voz também destacou que uma das propostas feitas por líderes árabes e muçulmanos aos Estados Unidos foi alterada por Israel antes de ser apresentada por Trump e pelo primeiro-ministro Netanyahu em 29 de setembro. Algumas sugestões foram aceitas, outras não.
Enquanto isso, as negociações continuam no Cairo nesta terça-feira. Catar e Egito atuam como mediadores principais do cessar-fogo, junto com os Estados Unidos.
Na segunda-feira (6/10), o governo dos Estados Unidos informou que espera que a rápida libertação dos reféns em Gaza contribua para acelerar as negociações de paz entre Israel e o grupo palestino. O Hamas ainda não se manifestou oficialmente sobre essas conversas, mas o presidente Trump afirmou que as negociações estão progredindo de forma positiva.