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quinta-feira, 26/06/2025




Casos de lesões graves seguidas de morte sobem 1200% no Distrito Federal

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O Distrito Federal viu um crescimento significativo nos casos de lesão corporal com resultado em morte durante o ano de 2024. Em 2023, apenas um incidente foi registrado, conforme dados do Anuário de Segurança Pública do Distrito Federal. Por outro lado, em 2024 o número saltou para 13, refletindo um aumento de 1200%.

Este dado representa o maior número de ocorrências desde 2015. O recorde anterior foi em 2018, com oito casos. Até maio de 2025, já foram notificados três casos deste tipo de crime.

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) está preocupada com essa tendência crescente, notando também uma elevação nos casos de lesão corporal simples e vias de fato, o que indica um agravamento nos conflitos pessoais.

Lesão corporal seguida de morte

Este crime acontece quando uma agressão intencional causa, sem intenção, a morte da vítima, conforme o artigo 129 do Código Penal Brasileiro. Normalmente, esses episódios derivam de conflitos interpessoais intensos, como brigas e agressões físicas, para os quais o uso abusivo de álcool ou drogas é frequentemente um fator.

Em 2024, 62% dos casos ocorreram em locais públicos. As agressões físicas são responsáveis por 69% das mortes, seguidas por 15% causadas por armas brancas e outras causas não identificadas também em 15% dos casos.

Para garantir a correta classificação legal deste crime, a SSP destacou a importância da produção de provas que liguem a agressão diretamente ao óbito, evitando confundir com homicídio doloso. As forças de segurança estão conseguindo avançar nas investigações para essa tipificação.

Segundo o Ministério da Justiça, outros 15 estados também tiveram aumento nos casos de lesão corporal seguida de morte, com uma elevação nacional de 23% nesse crime.

Distribuição por regiões administrativas

As Regiões Administrativas de Taguatinga e Samambaia concentram metade dos casos reportados, com três cada, seguidas por Santa Maria, com dois. Cinco outras regiões tiveram um caso cada, enquanto as demais não registraram ocorrências.

Dados mostram que 78,8% das regiões mantiveram estabilidade nos números, enquanto 21,2% tiveram aumento. Metade das 33 regiões não registraram nenhum caso, sinalizando maior vulnerabilidade em determinadas áreas do Distrito Federal.

A análise mensal não revela padrões sazonais claros, com exceção de setembro (3 casos), julho (2) e fevereiro (2) apresentando mais de um caso. Não houve registros em março, abril e outubro.

O aumento também impactou a distribuição dos casos nos dias da semana, com a quinta-feira concentrando 31% das mortes, seguida pelo domingo com 23%.

Quanto aos horários, 38% dos incidentes ocorreram entre 6h e 11h59, seguidos por 23% entre meia-noite e 5h59, e 23% entre 18h e 23h59.

Perfil das vítimas

Homens constituem 92% das vítimas, enquanto mulheres representam apenas 8%. A faixa etária mais afetada é entre 50 e 59 anos, correspondendo a 54% dos casos, seguida pelo grupo de 40 a 49 anos, com 23%.

Em 2023, a única vítima registrada era do sexo masculino.




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