Um homem canadense de 49 anos faleceu recentemente enquanto estava detido pelo Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE). O incidente, que passou a ser investigado, foi divulgado na quarta-feira, dia 25. A ministra das Relações Exteriores do Canadá, Anita Anand, declarou na quinta-feira, dia 26, que o governo canadense está buscando informações urgentes sobre o caso.
O cidadão canadense, Johnny Noviello, que residia legalmente nos Estados Unidos desde 1991, foi encontrado morto em 23 de maio em um centro federal de detenção em Miami, onde estava preso. Segundo o ICE, sua situação era de “aguardando processo de remoção”. A causa do falecimento ainda não foi revelada.
De acordo com o ICE, a equipe médica local tentou reanimá-lo com massagem cardíaca e choque desfibrilador, além de chamar o serviço de emergência americano. O ICE afirmou que oferece assistência médica contínua desde a chegada dos detidos até toda a permanência.
Johnny Noviello havia sido condenado em 2023 a um ano de prisão no condado de Volusia, Flórida, por crimes de extorsão e tráfico de drogas. Em maio deste ano, foi localizado pelos agentes do ICE e colocado na fila para deportação, conforme a legislação dos EUA, que permite revogar vistos de residência permanente em casos de crimes como tráfico de drogas.
No dia seguinte ao comunicado oficial, a ministra Anita Anand informou que o consulado canadense foi notificado oficialmente. Em uma postagem na rede social X, ela manifestou suas condolências à família e afirmou que o governo canadense está exigindo esclarecimentos às autoridades americanas.
O falecimento acontece em um contexto de forte repressão à imigração promovida pelo governo do presidente Donald Trump, com aumento nas prisões feitas pelo ICE, acompanhadas de denúncias de abusos e manifestações em diversos estados.
Johnny Noviello é a oitava pessoa a morrer sob custódia do ICE em 2023, de acordo com dados oficiais. Em 2022, foram registradas 11 mortes sob similar circunstância.