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terça-feira, 01/07/2025

Calor forte alerta Paris e fecha escolas na Europa

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Paris está sob alerta vermelho devido a uma onda de calor intensa que provoca o fechamento de escolas na França e nos Países Baixos, além do fechamento do último andar da Torre Eiffel em razão das temperaturas elevadas, que se aproximam de 38 °C nesta terça-feira, 1º de julho.

Em diversas regiões da Europa, foram emitidos alertas de calor extremo, que a ONU descreve como um “assassino silencioso” afetando países de Portugal à Croácia e Grécia, incluindo Alemanha, Áustria e Suíça.

Em entrevista, Clare Nullis, porta-voz da Organização Meteorológica Mundial (OMM), destacou que o calor extremo está se tornando mais frequente e intenso devido à mudança climática causada pelo homem, e que é necessário aprender a conviver com essa nova realidade.

A Espanha enfrentou o junho mais quente já registrado, com uma temperatura média de 23,6 °C, superior até mesmo à média normal dos meses de julho e agosto, conforme dados da agência meteorológica estatal Aemet.

Em Portugal, um recorde para o mês de junho foi registrado com 46,6 °C em Mora, próximo a Lisboa, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Devido a essa onda de calor, aproximadamente 1.900 escolas na França fecharam antecipadamente, enquanto em Roterdã, nos Países Baixos, as aulas foram interrompidas ao meio-dia para preservar a saúde dos alunos. Na Alemanha, a prática histórica do “hitzefrei”, dispensando estudantes por temperaturas elevadas, está em vigor com previsão de até 40 °C na quarta-feira.

Segundo a climatologista do observatório europeu Copernicus, Samantha Burgess, o evento é incomum não só pela sua intensidade, mas também por ocorrer no início da temporada de verão, e ressaltou o agravamento causado pela mudança climática.

Os impactos dessas ondas de calor ainda serão avaliados, mas a cientista lembra das ondas de 2003 e 2022, que geraram milhões de mortes prematuras, especialmente entre idosos.

Em Barcelona, devido ao calor extremo, um protocolo de distribuição de água aos desabrigados foi ativado, e mensagens de alerta foram enviadas para populações vulneráveis. Uma tragédia foi registrada na província de Tarragona com a morte de uma criança de dois anos deixada por horas em um carro quente, sob investigação policial.

Na Espanha, as temperaturas chegaram a 46 °C em Huelva, mas já apresentam queda; no entanto, ainda são esperados picos de até 43 °C em algumas regiões.

Sevilha, na Andaluzia, enfrenta temperaturas altíssimas de 41 °C, onde até a tradicional fritura de ovos nas ruas já foi realizada devido ao calor intenso. Moradores expressam dificuldade em suportar as temperaturas, especialmente durante a noite.

Enquanto isso, Portugal prevê máximas de até 40 °C em locais como Castelo Branco, Beja e Évora. Na Inglaterra, o clima está mais ameno, mas o país registrou a maior temperatura média para o mês de junho desde que os registros começaram, em 1884, com 16,9 °C.

A onda de calor também aumenta o risco de incêndios florestais; na Turquia, mais de 50.000 pessoas foram evacuadas em consequência de incêndios, principalmente na cidade de Esmirna.

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