Márcio Henrique Garcia, de 32 anos, foi preso na própria residência. PF investiga rapaz por possível tráfico internacional pelo Porto de Santos.
Um santista procurado pela Interpol por tráfico internacional de drogas foi preso pela Polícia Militar. Márcio Henrique Garcia dos Santos, de 32 anos, foi detido na própria residência em São Paulo, na última quinta-feira (31).
Policiais militares receberam a denúncia de que um procurado da Justiça residia em um apartamento no bairro Vila Andrade e, ao chegarem no local, encontraram Márcio.
Em um primeiro momento, o suspeito entregou um documento falso aos policiais, tentando se passar por Fabiano Santos do Rosário. No entanto, após questionamentos, o rapaz revelou sua verdadeira identidade e disse ter conhecimento que era procurado pela Justiça, o que foi confirmado pelos PMs após consulta.
Durante a revista, os policiais encontraram R$ 1.500 com Márcio, que afirmou que entregaria a quantia aos policiais e pediu um tempo aos agentes para realizar algumas ligações para conseguir mais R$ 30 mil, em troca da sua liberação, o que foi negado.
O rapaz foi encaminhado ao 89º Distrito Policial (Jardim Taboão), onde a ocorrência foi registrada.
Interpol
Márcio é procurado pela Interpol por tráfico internacional de drogas. Ele é um dos investigados pela Polícia Federal na Operação Oversea, que apura o envio de drogas do Brasil para Europa por meio do Porto de Santos.
O G1 entrou em contato com o advogado de defesa de Márcio, que afirmou não poder comentar sobre o caso, que corre em segredo de Justiça.
Oversea
Em março de 2014, a Polícia Federal desencadeou as operações Hulk e Oversea, que na época resultaram no cumprimento 46 mandados de prisão e 80 mandados de busca e apreensão. Ao todo, 23 pessoas já foram presas e mais de 3,7 toneladas de cocaína, apreendidas – além de dinheiro, veículos e armas.
Segundo a Polícia Federal, a quadrilha usava contêineres para transportar cocaína pura do Porto de Santos para a Europa, África e Cuba. As organizações criminosas eram investigadas pela PF desde 2013.
Ainda de acordo com a polícia, a droga era colocada em mochilas e sacolas, que eram inseridas nos contêineres por funcionários particulares, sem o conhecimento dos donos das cargas ou dos navios. A droga seguia junto com um lacre clonado. No local de destino, membros da organização criminosa rompiam os lacres, recuperavam a cocaína e colocavam os lacres clonados, para não gerar suspeitas.