Para Fabio Cruz, executivo da ESG & Risco Social, Ambiental e Climático da XP Inc., o Brasil deve ir além de apenas participar formalmente das discussões climáticas e adotar uma postura proativa nas negociações internacionais. Durante o evento Ponto de Mudança, promovido pelo Metrópoles nesta quinta-feira (26), o executivo destacou a importância do país posicionar seus interesses estratégicos.
“Esperamos que o Brasil tenha a capacidade de influenciar e colocar seus interesses na mesa para avançar nos objetivos que o país tem dentro dessa agenda”, afirmou Fabio Cruz.
O executivo apontou três prioridades para a COP30, que ocorrerá em 2025 em Belém (PA). O primeiro tema é a questão técnica do desmatamento, que demanda não só fiscalização rigorosa, mas também inovação e tecnologias que promovam a preservação ambiental.
“É fundamental investir em soluções que atacam as causas do problema, não somente suas consequências”, ressaltou.
O segundo ponto destacado foi a economia da biodiversidade, que trata os recursos naturais como bens econômicos e defende sua inclusão em políticas de desenvolvimento. Fabio acredita que esse caminho conecta a conservação ambiental com o crescimento econômico sustentável.
Finalmente, o financiamento climático foi apontado como um tema essencial. Sem mecanismos financeiros eficazes, as metas climáticas do Brasil e de outros países correm o risco de não se concretizarem.
“Esses três pilares são fundamentais para posicionar o Brasil com força e legitimidade na agenda internacional, especialmente em áreas como alimentação, sustentabilidade e clima”, concluiu Fabio Cruz.
COP30 na Amazônia
A COP30, que acontecerá em 2025 em Belém, será a primeira conferência da ONU sobre mudanças climáticas realizada na região amazônica. Esse evento constitui uma chance valiosa para o Brasil apresentar soluções que refletem a realidade dos povos da floresta e reafirmar seu papel de liderança na agenda ambiental global.