RAQUEL LOPES
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)
O Palácio do Planalto comunicou que fará um novo planejamento para a hospedagem do presidente Lula (PT) e sua equipe na COP30, a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, que será realizada em Belém em novembro.
Essa decisão veio após verificar que o barco da Marinha, que estava disponível para o presidente, não atende aos requisitos necessários para sua acomodação.
“Diante dessa situação, a Casa Civil procurou alternativas que fossem apropriadas para receber o presidente, seguindo as regras vigentes, o que inclui segurança, custo acessível e conforto, sem opções luxuosas”, explicou o Planalto, em comunicado.
A assessoria informou ainda que o contrato com a empresa responsável pela hospedagem do presidente será assinado em breve, mas não esclareceu se incluirá uma nova embarcação ou outro tipo de acomodação.
O comunicado foi divulgado originalmente para a revista Veja, após reportagem que disse que o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) e o empresário Carlos Suarez teriam organizado o uso de um iate de luxo para hospedar Lula e a primeira-dama, Janja, durante a COP30.
O Planalto declarou que “o empresário mencionado no texto, suas acomodações e empresas não foram considerados”.
Em meio à dificuldade de hospedagem em Belém, o presidente Lula comentou em outubro que gostaria de evitar o hotel e se acomodar em uma embarcação.
Essa crise ocorre devido aos valores muito altos cobrados por hotéis e proprietários de imóveis para locação. Em setembro, durante visita a Belém, o ministro da Casa Civil da Presidência, Rui Costa (PT), anunciou que o governo tomaria medidas legais contra hotéis que praticam preços abusivos para a hospedagem durante a COP30.
“Conhecemos os desafios de Belém, como drenagem e pobreza. Por que escolhemos fazer a COP lá? Para mostrar ao mundo o que é a Amazônia, o que é o Pará. Não será a COP do luxo. Será a COP da realidade”, afirmou Lula.
