Dois homens invadiram o escritório da revista francesa Charlie Hebdo, em Paris, e mataram ao menos 11 pessoas, dentre elas, dois policiais. Outras quarto estão em estado grave no hospital da região.
Testemunhas informaram aos jornais locais que os supeitos estavam encapuzados, portavam fuzis e lança-foguetes. Após a entrada dos homens na revista, os moradores ouviram vários tiros. A dupla fugiu depois do ataque.
O presidente François Hollande foi até a sede da revista e convocou uma reunião de crise no palácio presidencial. As autoridades também anunciaram que a região parisiense foi colocada em estado de alerta máximo. O presidente francês classificou o ato como “atentado terrorista de uma barbárie excepcional”.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, condenou o ataque e expressou solidariedade com a França na luta contra o terrorismo. “Os assassinatos em Paris são revoltantes. Estamos ao lado do povo francês na luta contra o terrorismo e na defesa da liberdade de imprensa”, declarou Cameron.
A revista satírica é conhecida por abordar temas polêmicos. Em novembro de 2011, o veículo publicou uma charge do profeta Maomé, o desenho fazia parte de um número especial sobre as primeiras eleições na Tunísia, após a destituição do presidente Zine el Abidine Ben Ali, vencidas pelo partido islâmico Ennahda. Na charge, o profeta Maomé era o “redator principal”.
Um dia depois da publicação, a sede revista foi alvo de um incêndio criminoso. Antes do atentado, nesta quarta-feira (7/1), a Charlie Hebdo publicou em seu Twitter um desenho do líder do grupo militante Estado Islâmico, Abu Bakr al- Baghdadi.