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sábado, 21/06/2025




Ataque de míssil fere dois em abrigo seguro e aumenta medo em Israel

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IGOR GIELOW
FOLHAPRESS

A morte de dois cidadãos israelenses, que estavam abrigados em um quarto seguro em seu apartamento na periferia de Tel Aviv, na madrugada desta segunda-feira (16), aumentou a preocupação entre os moradores do país desde que Binyamin Netanyahu iniciou as ofensivas contra o Irã, na última sexta-feira (13).

“Sempre pensamos que estaríamos protegidos durante um ataque”, afirmou por mensagem Yonatan Chaim, tradutor em Jerusalém. Ele conta que tem se surpreendido com a frequência com que precisa buscar abrigo no quarto seguro de seu prédio mais antigo, que não possui um cômodo próprio.

Praticamente todas as residências em Israel contam com esse tipo de acomodação, que tem paredes e teto de concreto reforçado e porta metálica. Em construções mais antigas, são coletivos ou até bunkers subterrâneos.

No ataque desta segunda-feira, um míssil iraniano atingiu diretamente o quarto andar de uma edificação em Petah Tikva, a leste de Tel Aviv. Embora os quartos seguros mais modernos sejam desenhados para resistir a ondas de choque e detritos de explosões, não suportam impactos diretos de explosivos.

“É uma situação horrível”, manifesta Yifat Fouchs, que reside a cerca de 10 km do local da explosão, em Ramat Aviv, bairro de Tel Aviv. “Na noite passada, fui com meu marido e meus três filhos pequenos para o quarto seguro. Nossa vida estava tranquila até que o Irã começou a atacar áreas civis”, revelou.

O Comando da Frente Doméstica de Israel comentou o incidente e reforçou que os quartos seguros continuam sendo a melhor alternativa em situações de ataques aéreos, destacando que os bunkers presentes em casas antigas são tão eficazes quanto.

Por exemplo, no sábado, uma explosão atingiu um prédio antigo em Ramat Gan, Tel Aviv, destruindo apartamentos, mas o porão permaneceu intacto, permitindo que os moradores escapassem ilesos.

Acostumados a conflitos frequentes, os israelenses geralmente mantêm uma postura firme diante dos ataques. Além dos quartos seguros e dos sistemas de alerta via aplicativo, existem bunkers em prédios públicos.

No entanto, a intensidade sem precedentes dos ataques iranianos tem causado apreensão. “Nunca testemunhamos algo assim”, declarou Chaim. Mesmo cidades geralmente poupadas, devido à sua importância sagrada para o islamismo, estão em estado constante de alerta.

“O ânimo permanece elevado porque entendemos claramente a razão de nossa luta. Espero que um dia ambos os países possam coexistir pacificamente, mas até lá, continuaremos tentando viver em segurança”, disse Yifat, que é jornalista.

Pesquisa recente revelou que 85% dos israelenses apoiam as ofensivas para tentar neutralizar o programa nuclear iraniano.




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