Estas avaliações já constaram no comunicado da semana passada, quando o Copom elevou a Selic em 0,75 ponto porcentual, para 3 50% ao ano
O Banco Central (BC) voltou a indicar nesta terça-feira, 11, por meio da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve promover novo aumento de 0,75 ponto porcentual da Selic (a taxa básica de juros) em junho. Atualmente, a Selic está em 3,50% ao ano.
“Para a próxima reunião, o Comitê antevê a continuação do processo de normalização parcial do estímulo monetário com outro ajuste da mesma magnitude (0,75 ponto)”, registrou a ata. “O Copom ressalta que essa visão continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação.”
Estas avaliações já constaram no comunicado da semana passada, quando o Copom elevou a Selic em 0,75 ponto porcentual, para 3 50% ao ano.
O Banco Central repetiu por meio da ata que seu cenário básico indica ser apropriada, neste momento, “uma normalização parcial da taxa de juros, com a manutenção de algum estímulo monetário ao longo do processo de recuperação econômica”.
Na semana passada, o colegiado elevou pela segunda vez consecutiva a Selic em 0,75 ponto porcentual. Ao mesmo tempo, indicou a intenção de promover novo aumento de 0,75 ponto no encontro de junho.
O BC vem tratando os aumentos recentes da taxa básica como uma “normalização parcial”, já que a Selic, nos patamares recentes, segue fornecendo algum estímulo monetário à recuperação da economia.
“O comitê enfatiza, entretanto, que não há compromisso com essa posição e que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação”, salientou o BC, na ata de hoje. Estas avaliações já constaram no comunicado da semana passada.
Imunização e estímulos devem implicar em crescimento robusto no exterior, diz ata
O Banco Central (NV) projetou nesta terça-feira, 11, por meio da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), um “crescimento robusto” da atividade global em 2021, devido ao andamento dos programas de imunização contra a covid-19 em economias avançadas, o lançamento de novos estímulos fiscais em alguns desses países e a longa duração dos estímulos monetários anunciados pelos principais bancos centrais.
“No cenário externo, novos estímulos fiscais em alguns países desenvolvidos, unidos ao avanço da implementação dos programas de imunização contra a Covid-19, devem promover uma recuperação mais robusta da atividade ao longo do ano”, destacou o documento.
A ata pondera, entretanto, que a discussão sobre reflação, sobretudo o risco de um aumento duradouro da inflação nos Estados Unidos, poderia tornar o ambiente externo mais desafiador para países emergentes, como o Brasil.