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sexta-feira, 22/11/2024
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Associação criminosa fraudava negócios de terrenos em Luziânia

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Ministério Público do Goiás recebe informações há três anos do esquema e, até o momento, foram verificados mais de 550 lotes transferidos de forma fraudulenta e 77 ocorrências de estelionato

(crédito: Divulgação/ Ministério Público do GO)

Nesta quinta-feira (5/11), o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) deflagrou a Operação Duplicidade, para investigar a existência de associação criminosa que realiza negócios fraudulentos com lotes e terrenos na cidade de Luziânia, na região do Entorno do Distrito Federal. A ação ocorreu por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Chegou ao conhecimento do MP-GO, nos últimos três anos, diversas notícias de supostos crimes de estelionato e outras falsificações em transferências de lotes e terrenos em Luziânia. As informações chegaram tanto por intermédio das vítimas quanto do Poder Judiciário. A partir de então, iniciou-se investigação na qual se apurou a existência de um grupo, composto por proprietários e funcionários de imobiliárias e corretores de imóveis, que verificava a existência de lotes vendidos desde a década de 1970, mas ainda não transferidos nem ocupados pelos seus compradores.

Os integrantes da organização transferiam os imóveis a preços subvalorizados para corretores ou outras pessoas sem atuação na área imobiliária. Em seguida, os lotes eram novamente colocados à venda, a preço de mercado e com prejuízo aos primeiros compradores.

Crimes

Segundo informações da MP-GO, os crimes investigados são de estelionato, falsidade documental e lavagem de dinheiro. Até o momento, levantou-se que mais de 550 lotes podem ter sido transferidos de forma fraudulenta, assim como foram constatadas 77 ocorrências de estelionato.

Sete mandados prisão e busca e apreensão foram expedidos pela Vara Estadual dos Feitos Relativos a Organização Criminosa e Lavagem de Capitais e estão sendo cumpridos nas cidades de Luziânia, Brasília e Orizona (GO). O Gaeco do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) apoia a ação.

Foi ainda determinado o bloqueio de bens, imóveis e valores até o montante de R$ 12.398.896,00 existentes em nome dos investigados, no que se incluem 17 e 9 imóveis.

 

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