A arte digital possibilita criações que ultrapassam limites do meio manual. Os artistas exploram temas, conceitos e técnicas diversas. As camadas de cores se encaixam perfeitamente. A sobreposição é sutil. Muitas vezes, eles usam até a ilusão de ótica para desenhar e se expressar. A impressão a jato de tinta ajuda a levar a arte para o papel, plástico, porcelana ou tecido. O universo artístico ficou ainda maior quando uniu a tecnologia e a criatividade. O resultado: obras em alta definição de cor e traço.
Por meio da internet, artistas, designers e ilustradores divulgam e até comercializam suas obras em vários formatos. Apostando em um nicho crescente, Daniel Mangabeira, Matheus Seco e Henrique Coutinho abriram a primeira galeria especializada em arte digital em Brasília. O objetivo do espaço é divulgar o trabalho talentoso de artistas do mundo todo e torná-lo acessível aos admiradores do gênero. “A ideia é sempre ter peças novas com qualidade e preço acessível”, afirma Seco.
A galeria é uma franquia de São Paulo, que tem em seu catálogo mais de 3 mil artistas e designers. Qualquer pessoa pode submeter o trabalho à curadoria da galeria e ter suas obras replicadas. A peça tem tiragem limitada de 250 cópias, com exceção do formato 30cm x 30cm, que tem impressão ilimitada. “Existe espaço para todos os tipos de arte. O alcance digital é muito maior e, de certa forma, democratiza a cultura”, avalia Seco. O objetivo é que o espaço seja um meio para dar visibilidade às criações locais.
A obra do artista gráfico britânico Ruben Iregland é um dos trabalhos encontrados na galeria. Integram o catálogo inúmeros brasileiros, como Karen Hofstetter, Thiago Verdeee e Pedro Vidotto. Esse último é brasiliense. O publicitário e ilustrador já teve seu trabalho mencionado em publicações e em sites nacionais e internacionais especializados. Atualmente, estuda e vive de design em Milão, na Itália.