Elize Matsunaga, acusada de matar e esquartejar o marido Marcos Matsunaga, herdeiro do grupo Yoki, é condenada em regime fechado a 19 anos, 11 meses e 1 dia de prisão.
A pena é uma somatória pelos crimes de homicídio qualificado, sem chances de defesa da vítima, e por destruição e ocultação de cadáver.
Após oito dias de julgamento no Tribunal do Juri, no Fórum Criminal da Barra Funda, um dos mais longos da Justiça de São Paulo, a sentença foi proferida pelo juiz Adilson Simoni a 1h50 da madrugada desta segunda-feira (05).
Elize ouviu a sentença em pé, com as mãos para trás, vestida com uma camiseta branca, calça beje e chinelo de dedos.
Os sete jurados desconsideraram duas qualificadoras solicitadas pela promotoria: “motivo torpe” (vingança e dinheiro) e “meio cruel” (vítima viva quando foi esquartejada).
Defensor Público que atuou no caso, José Carlos Cosenzo, se disse insatisfeito com a pena imposta a Elize, ré confessa do crime. “Mas eu não estou satisfeito. A meu ver, a pena deveria ser mais ou menos em um patamar entre 19 e 25 anos, eu queria nesse teto”, destacou.
A defesa de Elize também não aprovou a pena imposta pelo Juri, afirmando que o a sentença do juiz não traduziu a decisão dos jurados. “A sensação é que acaba conseguindo um bom fundamento, afastar duas qualificadoras e, ao mesmo tempo, o juiz acaba substituindo a decisão dos jurados, elevando por demais a pena”, desabafou.
Elize já cumpriu quatro anos e meio de prisão. Ela volta ainda nesta segunda-feira para o presídio de Tremembé, no Vale do Paraíba, onde está presa desde 4 de junho de 2012.
*Informações do repórter Felipe Palma- Jovem Pan