A Secretaria de Saúde do Distrito Federal recolheu aproximadamente 945 animais em 2025, incluindo morcegos, macacos e gambás, para monitorar possíveis doenças que podem ser transmitidas entre animais e pessoas.
Victor Bertollo, médico infectologista da Subsecretaria de Vigilância à Saúde da SES-DF, explica que os órgãos de vigilância coletam esses animais para verificar se vírus como o da febre amarela ou da raiva estão presentes. Essa ação preventiva é fundamental para planejar medidas de saúde, como campanhas de vacinação para humanos e animais domésticos.
Em casos de mordidas ou arranhaduras, o atendimento médico imediato é necessário para avaliar se é preciso administrar soro e vacina ou apenas realizar acompanhamento, segundo o infectologista.
Orientações importantes
A equipe de Zoonoses recolhe principalmente animais já mortos, porém morcegos vivos também podem ser capturados. Para resgates de outros animais vivos, é preciso solicitar ajuda do Batalhão de Polícia Militar Ambiental.
O recolhimento de animais domésticos ocorre somente quando há suspeita ou confirmação de doenças específicas, como leishmaniose visceral, raiva e esporotricose, ou quando o animal morreu após um acidente com envolvimento humano, segundo Edvar Schubach, diretor de Vigilância Ambiental da SES-DF.
É fundamental evitar contato direto com corpos de animais silvestres ou domésticos suspeitos de estar doentes. Se necessário, use luvas, mantenha outros animais afastados e jamais descarte os cadáveres no lixo comum. Animais encontrados em áreas de preservação devem ser reportados à administração local.
Estas medidas visam proteger a população de possíveis riscos à saúde e garantir um ambiente mais seguro para todos.

