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sábado, 23/11/2024
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Zelensky: Ucrânia ouviu que não entrará na OTAN, é preciso reconhecer isso

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O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, afirmou que o país já não pode esperar entrar na OTAN, e também pediu a criação de uma forma de influenciar empresas que não teriam saído da Rússia.

 

© AP Photo / Justin Tallis

Vladimir Zelensky, presidente da Ucrânia, declarou nesta terça-feira (15) que já recebeu indicações suficientes de que o país não será Estado-membro da OTAN.

“Está claro que a Ucrânia não é membro da OTAN, nós entendemos isso, somos pessoas dignas. Durante anos ouvimos de supostas portas abertas, mas agora também ouvimos que não poderemos entrar lá, e isso é verdade, é necessário reconhecer isso”, disse ele em reunião dos líderes de países da Força Expedicionária Conjunta do Reino Unido, que é integrada por mais nove países nórdicos e bálticos.

Ele acrescentou que a Ucrânia não pretende reivindicar a ativação do artigo 5 do Tratado do Atlântico Norte, que requer que todos os Estados-membros defendam um que tenha sido atacado.
A Rada Suprema, parlamento ucraniano, aprovou duas emendas em dezembro de 2014 que renunciam o status não alinhado da Ucrânia. Em fevereiro de 2019, o parlamento adotou novas emendas que consagrou o rumo do país em direção à União Europeia e à OTAN, tornando, assim, a Ucrânia no sexto país a receber o status de parceiro da Aliança Atlântica com possibilidades alargadas.
O presidente da Ucrânia pediu que fosse aumentado o fornecimento de armas ao país em meio à operação especial da Rússia.

“Vocês sabem de que armas precisamos, todos sabem. Vocês sabem de que meios de defesa precisamos, vocês sabem do que precisamos vitalmente – de aeronaves. Sem os esforços de vocês seria muito difícil para nós. Agradeço novamente, mas entendam, precisamos de mais.”

O presidente ucraniano também pretende que seja criado um mecanismo de influência nas corporações que ainda não deixaram a Rússia.

“Muitas corporações internacionais ainda não saíram do mercado russo, apesar de terem sido introduzidas fortes sanções. Vocês conhecem todas essas marcas […] Algumas empresas afirmaram que saíram, mas na realidade elas estão simplesmente esperando qual será o desfecho, e quando será possível regressar ao mercado russo”, segundo Zelensky.

“A Nestlé, por exemplo, ainda está no comércio […]. A Philip Morris ainda está ganhando dinheiro […] Raiffeisen e outros bancos estão gastando dinheiro […]. E entre aqueles que dizem ter deixado o mercado russo há empresas que nem mesmo demitem ninguém”, detalhou.
Ele afirmou que tudo isso comprova uma “traição à Ucrânia”.
“O que isso indica? Uma traição, traição à Ucrânia, para ser sincero, como com o céu [em referência à não implementação de uma zona de exclusão aérea no país pela OTAN] […] Não há hoje nenhum mecanismo de influência internacional nas corporações. Se eles ignoram sangue, o mundo não pode fazer nada […]. É preciso decidir, decidir agora”, apontou Zelensky.
Ele também exortou a proibir todos os portos mundiais aos navios russos, desligar completamente os bancos russos do sistema de pagamentos SWIFT, declarar a Rússia um “Estado terrorista” e embargar todo o comércio com o país.
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