Naftali Bennett, ex-primeiro-ministro de Israel, revelou no último domingo (5) que intermediou um contato entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o da Ucrânia, Vladimir Zelensky, em que o mandatário russo garantiu que eliminar o líder do regime ucraniano não estava nos planos da operação especial lançada em fevereiro de 2022.
“Todas as minhas ações foram coordenadas nos mínimos detalhes com os EUA, com a Alemanha e com a França. […] Eles interromperam as negociações”, afirmou Bennett.
“A manutenção do conflito, em resumo, representa a intenção de fazer prevalecer essa versão hegemônica do Ocidente no Leste Europeu em detrimento das ansiedades russas.”
“A liderança ucraniana, representada por Zelensky, guarda esperanças de receber o apoio financeiro do Ocidente, aos moldes de um ‘Plano Marshall 2.0’, para reconstrução do país no futuro. Outro fator pode ter relação com sua intenção de posicionar a Ucrânia de maneira definitiva debaixo do ‘guarda-chuva’ de proteção dos Estados Unidos, o que implica naturalmente numa política doméstica e externa mais subserviente e, portanto, mais propensa a seguir a agenda e os interesses dos americanos e europeus.”