O presidente Volodymyr Zelensky fez um novo pedido aos Estados Unidos nesta terça-feira (25/11), ressaltando que a proteção da Ucrânia depende diretamente da atuação americana. Ele afirmou que a força dos Estados Unidos é o que a Rússia realmente respeita.
Segundo Zelensky, a cooperação ativa com o governo americano e com o presidente Donald Trump é essencial para a segurança do país. Ele declarou estar contando com essa colaboração contínua devido à influência dos Estados Unidos sobre a Rússia.
Zelensky também condenou um ataque intenso e especialmente cruel realizado pela Rússia durante a madrugada. No seu discurso, destacou que recebeu informações detalhadas das Forças Armadas e das áreas atingidas e classificou esse ataque como mais uma demonstração de que Moscou considera a guerra uma prioridade máxima.
Conforme o líder ucraniano, a defesa aérea conseguiu interceptar diversas ameaças, incluindo mísseis de cruzeiro, balísticos, aerobalísticos, além de mais de 400 drones desde o início dos ataques.
O governo norte-americano apresentou um plano dividido em 28 pontos que efetivamente reconhece o controle russo sobre a Crimeia, Donetsk e Luhansk, congela posições em Kherson e Zaporíjia e pede que a Ucrânia renuncie à entrada na OTAN. Por outro lado, a proposta europeia toma um caminho contrário, não reconhecendo a soberania russa sobre territórios ucranianos e mantendo a possibilidade de Kiev ingressar na aliança militar.
O Kremlin declarou que a primeira versão do plano americano poderia servir como base para um acordo, mas ainda não recebeu a versão atualizada discutida em Genebra após as consultas entre os Estados Unidos e a Ucrânia. Enquanto isso, Zelensky aguardava um relatório detalhado de sua equipe para decidir os próximos passos.
Em paralelo, Donald Trump afirmou que só considerará uma reunião com Zelensky e o presidente Vladimir Putin quando houver um acordo de paz definitivo ou próximo de sua conclusão. Ele ressaltou que a equipe americana realizou progressos significativos, restando apenas algumas divergências no plano revisado por Moscou e Kiev.
Trump informou ter orientado seu enviado especial para se encontrar com Putin em Moscou, enquanto outros membros do governo americano participam de conversações com diplomatas ucranianos, monitorando avançando junto a líderes como o vice-presidente JD Vance, o senador Marco Rubio, o secretário da Guerra Pete Hegseth e a chefe de gabinete Susie Wiles.
A Casa Branca observou que, apesar dos avanços, ainda existem assuntos delicados a serem resolvidos entre Ucrânia, Rússia e Estados Unidos para consolidar um acordo. Segundo a porta-voz Karoline Leavitt, esses pontos pendentes não são obstáculos intransponíveis, mas exigem novas negociações para serem solucionados.
