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sexta-feira, 21/11/2025




Zelensky discute proposta de paz dos EUA em conversa com JD Vance

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, informou nesta sexta-feira (21/11) que manteve uma conversa telefônica de quase uma hora com o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, e o secretário do Exército, Daniel Driscoll, para tratar do novo plano de paz norte-americano. As partes concordaram em continuar as negociações, delegando essa tarefa aos assessores de ambos os lados.

“Conseguimos discutir em detalhes as propostas americanas para acabar com o conflito e trabalhamos para garantir que o caminho a seguir seja justo e eficaz, visando uma paz duradoura”, declarou o líder ucraniano.

A ligação teve lugar um dia após a entrega do esboço da proposta, liderada por Driscoll, em Kiev. O documento com 28 pontos inclui concessões territoriais importantes para a Rússia e limitações severas às forças militares da Ucrânia.

De acordo com informações da imprensa internacional, a Casa Branca está buscando intensamente o término da guerra até o final do ano.

Pontos principais do plano dos EUA

  • Os Estados Unidos e seus aliados reconheceriam a soberania russa sobre a Crimeia, Donbass e outras áreas ocupadas.
  • Kiev receberia garantias de segurança de Washington e Europa, além de zonas desmilitarizadas nas regiões que se retirasse.
  • O Exército ucraniano seria reduzido pela metade, perderia armas de longo alcance e ficaria proibido de receber tropas estrangeiras.
  • O idioma russo se tornaria oficial na Ucrânia.
  • As sanções contra Moscou seriam suspensas.
  • Na região de Donbass, a Ucrânia teria que ceder toda a área, incluindo cidades ainda sob seu controle, como Kramatorsk e Sloviansk.
  • Inclui-se um mecanismo controverso de “aluguel”, onde a Rússia pagaria pelo controle das áreas ocupadas, mantendo a propriedade legal em nome da Ucrânia.

O pronunciamento público de Zelensky destacou que o país vive um momento muito difícil e que não aceitará nenhuma solução que comprometa a dignidade e a liberdade de seu povo. Ele afirmou ter firmado seu compromisso em 2019 ao assumir o cargo: “Prometi defender a soberania e a independência da Ucrânia. Essa promessa não é uma formalidade e jamais será quebrada.”

O presidente também ressaltou que a Ucrânia não será acusada de sabotar as conversações e pretende colaborar de maneira construtiva com os Estados Unidos e parceiros europeus. Ele afirmou que apresentará suas razões, tentará persuadir e proporá alternativas para a resolução do conflito.




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