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quinta-feira, 04/12/2025

Zelensky busca paz justa após ameaça de Putin

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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, enfatizou em seu discurso na quinta-feira (4/12) que a Ucrânia está pronta para enfrentar todos os cenários possíveis, mas destacou que a paz não deve implicar em concessões territoriais.

“Vamos atuar da forma mais colaborativa com todos os nossos aliados para garantir a obtenção de uma paz justa”, afirmou.

A delegação ucraniana segue em Washington para continuar as negociações com representantes dos Estados Unidos sobre um acordo de paz potencial. Zelensky salientou que é essencial compreender exatamente o que foi discutido na Rússia durante o encontro entre Steve Witkoff e Vladimir Putin.

“Hoje, nossos representantes prosseguirão as conversas nos EUA com a equipe do presidente Trump. Nosso foco agora é obter um entendimento completo do que foi falado na Rússia e de quais motivos Putin usa para prolongar o conflito e pressionar a Ucrânia — para tentar abalar nossa independência”, declarou.

A declaração de Zelensky veio logo após Putin ameaçar tomar a região de Donbas pela força caso as tropas ucranianas não deixem a área voluntariamente. “Ou conquistamos esses territórios pelas armas ou as tropas ucranianas se retiram”, disse o presidente russo.

Kiev considera inaceitável a retirada e afirma que não entregará áreas que nunca foram completamente conquistadas por Moscou.

A Rússia atualmente controla cerca de 19,2% do território ucraniano, incluindo toda a região de Luhansk, mais de 80% de Donetsk e partes de Kherson, Zaporizhzhia, Kharkiv e Sumy. Aproximadamente 5 mil km² de Donetsk permanecem sob controle da Ucrânia.

Negociações conduzidas por Washington

Zelensky também pediu maior transparência sobre o andamento das negociações, que acontecem exclusivamente entre Estados Unidos e Rússia. O Kremlin confirmou na quarta-feira (3/12) que a Europa está fora das discussões. De acordo com o assessor Yuri Ushakov, “a comunicação ocorre apenas entre Washington e Moscou”.

A reunião de quase cinco horas realizada na terça-feira (2/12) entre Putin e os enviados norte-americanos Witkoff e Jared Kushner abordou exclusivamente a guerra. Moscou apresentou críticas e propostas sobre os documentos trazidos pelos americanos, mas nenhum acordo foi firmado.

Durante seu discurso, o líder ucraniano ressaltou que a adesão à União Europeia é parte das garantias de segurança que Kiev busca fortalecer. Ele destacou que apenas uma paz justa pode oferecer segurança verdadeira e que compreende plenamente que isso requer e continuará a demandar o apoio contínuo dos parceiros.

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