O presidente Volodymyr Zelensky da Ucrânia declarou nesta quinta-feira (27/11) que Kiev e Washington seguem trabalhando nos detalhes do acordo de paz discutido em Genebra, e que as delegações dos dois países terão um novo encontro no final da semana. Ele explicou que o objetivo é converter os avanços iniciais em um documento que coloque a Ucrânia “na rota para a paz e para garantias de segurança”.
“Já no final desta semana, nossas equipes, junto com representantes americanos, continuarão a transformar os pontos alcançados em Genebra em algo que nos conduza à paz”, comentou.
Zelensky afirmou que a delegação ucraniana estará “bem preparada e focada em trabalhos concretos”, ressaltando a manutenção dos contatos constantes com os EUA, parceiros europeus e aliados de outras regiões.
Defesa por sanções mais rígidas
No discurso, o líder ucraniano repetiu a acusação contra Moscou de buscar não apenas território, mas também perpetuar o poder político russo pela subjugação dos vizinhos. Ele destacou que a Rússia possui “o maior território internacionalmente reconhecido e também o maior território subdesenvolvido e negligenciado”, e que sua ofensiva na Ucrânia tem um “caráter destrutivo que ultrapassa fronteiras”.
Zelensky também citou uma reunião dos coordenadores de sanções da União Europeia, defendendo que as penalidades econômicas só devem ser suspensas quando Vladimir Putin decidir encerrar o conflito. As prioridades continuam sendo atingir o petróleo russo, a capacidade tecnológica, o sistema financeiro e os ativos que sustentam o esforço militar do Kremlin.
Posição americana crucial
No começo da semana, Zelensky reforçou a importância do apoio americano para Kiev. Em declaração feita na terça-feira (25/11), ele afirmou que “muito depende dos Estados Unidos, porque é a força americana que a Rússia leva mais a sério”.
Declaração de Putin
Mais cedo nesta quinta-feira, Putin declarou que espera um rápido término da guerra, condicionando o fim ao cumprimento integral dos objetivos militares da chamada “operação militar especial”.
“Será quanto antes possível, se conseguirmos realizar todos os objetivos da operação militar especial”, afirmou. Putin negou que haja mudanças estratégicas em resposta aos recentes acontecimentos no front. Segundo ele, Moscou não recebeu um esboço definitivo do plano norte-americano, trabalhando apenas com uma “lista de questões” apresentada por Washington.
“Não seria apropriado falar de versões finais neste momento, pois elas ainda não existem”, declarou.
