São Paulo, SP (Folhapress) – O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, declarou nesta segunda-feira (23) que Rússia, Irã e Coreia do Norte compõem um grupo de assassinos. Segundo ele, Teerã e Pyongyang apoiam militarmente a invasão russa, usando drones iranianos e soldados norte-coreanos contra Kiev.
Em visita oficial ao Reino Unido, o líder ucraniano alertou que os países vizinhos desses três estados devem refletir seriamente sobre sua capacidade de proteger a vida de seus cidadãos caso essa aliança de terror continue.
Zelenski também manifestou apoio à decisão do ex-presidente Trump de bombardear instalações nucleares iranianas no sábado (21), um ataque sem precedentes desde 1979. Ele acusa Teerã de ser cúmplice da invasão russa.
Juntamente com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, anunciou a produção conjunta de drones de longa autonomia para forçar a Rússia a buscar a paz.
Zelenski frisou que seu objetivo principal é salvar vidas e acabar com o terrorismo promovido pela Rússia, o que requer coordenação política e diplomática rigorosa, incluindo projetos comuns de defesa e fabricação de armas.
A capacidade crescente da Ucrânia de produzir drones tem mudado a dinâmica do conflito, permitindo ataques estratégicos até dentro do território russo, com estimativas indicativas de que cerca de 20% da frota aérea russa foi comprometida em recentes operações.
No Reino Unido, Zelenski reuniu-se com o rei Charles 3º e participou de evento com soldados ucranianos sendo treinados no país, uma iniciativa que já envolveu mais de 45 mil militares de Kiev desde o início da guerra.
O Reino Unido é um dos maiores apoiadores europeus da Ucrânia, e o novo acordo para produção de drones representa um avanço significativo na cooperação bilateral, com duração prevista para três anos, em meio ao quarto ano do conflito.
Simultaneamente, o primeiro-ministro busca manter boas relações com o ex-presidente Donald Trump, que favorece Moscou e pressiona por um cessar-fogo, mas líderes europeus ainda enfrentam dificuldades para melhorar a relação entre Washington e Kiev.
Na mesma data, o serviço de inteligência ucraniano SBU revelou detalhes sobre uma tentativa de assassinato de Zelenski planejada pela Rússia e frustrada com ajuda de espiões ucranianos e poloneses. O plano envolvia um agente na Polônia, recrutado durante a era soviética, com intenção de eliminar o presidente ucraniano no aeroporto de Rzeszów, utilizando um fuzil de precisão ou drone. Zelenski já afirmou que perdeu a conta das tentativas de assassinato promovidas por Moscou.